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Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



domingo, 22 de setembro de 2013

A estética Rogério Ceni !!!


Rogério faz parte daquele grupo de pessoas que agrada muita gente por pouco tempo e depois pouca gente por muito tempo. Nesse momento, encontra-se em vertiginoso declínio – pelo menos pra mim, que o acho o Ó.

Preciso reconhecer que o cara, por muito tempo, soube jogar – em todos os sentidos. Quando seu rendimento começou cair, e jogar bem deixou de ser natural, ele passou a se jogar. Se jogar no chão, se jogar na mídia, se jogar pra cima do treinador - quando julgou que ele não servia mais.

Algumas vezes avançou. Avançou três passos indecentes em direção ao batedor do pênalti do Corinthians, achando que o seu jogo fosse funcionar. Ledo engano.

A estética “rogério ceni” é a da auto valorização, da hipocrisia, do criar dificuldade para vender facilidade e tem correspondentes fora dos campos de futebol.

Você aí, com certeza, tem um cidadão desses sentado na sua sala de trabalho. Ou pelo menos teve. O sujeito que chega às 7h e bate o ponto orgulhoso, liga o computador, clica na web da empresa, dá uma olhadinha, responde alguma mensagem que eventualmente tenha recebido e então parte para seu momento “rogério”. Interfere no trabalho de todo mundo, dá pitacos em áreas que não são a sua, faz intriga em busca de benefício próprio, ou no mínimo, para não deixar que um colega leve algum mérito que afete a sua fama de “bom moço”. Sai para almoçar, volta dentro do prazo e continua sua saga entre as salas da “repartição”. 
Vez ou outra acompanha os colegas fumantes fora do prédio onde - em rodinha -falam mal da vida alheia e passam cantadas baratas e clichês nas mulheres que dão o azar de circular pelo pedaço. 
Mostra-se mais bem informado e inteligente que o resto do grupo mas no fundo é raso e óbvio. E o pior: é ouvido como uma autoridade.

As 17h reúne suas poucas coisas, bate novamente o ponto, e segue para casa feliz do dever cumprido. Ou podemos dizer comprido?

Para o chefe do D.P. é o exemplo do bom funcionário. Para o seu chefe, é o exemplo do bom funcionário, para os colegas é o exemplo do bom funcionário. Para os que trabalham e enxergam é o exemplo ambulante da hipocrisia.

Na estética “rogério ceni”, também se encaixa aquele colega vaidoso, de fala mansa, cumpridor de horário e compromissos, que vive contando em alto e bom som – ou tom ? – suas aventuras amorosas fora do casamento. Aquele, que olha para todas as mulheres como se estivessem disponíveis e ávidas por sua companhia. O mesmo, que tem um caso com a outra colega que passa a perseguir essas mulheres porque não tem coragem de dar um chega pra lá no malandro sedutor.

Sabe aquele seu companheiro de trabalho que adora sair na foto quando fecham um ótimo negócio que ele só teve participação dando o palpite errado? E aquele que te cumprimenta, depois de terminar um trabalho com sucesso, como se ele fosse o chefe? Então, esses também podem se encaixar no jeito “rogério” de ser.

E aquele, que sempre tem uma ideia brilhante para resolver um problema do setor, mesmo que isso coloque todas as cabeças a prêmio? Ahh, esse merece plaquinha - daquele que lembram as de patrimônio - no pescoço, impressa “sou rogério, sou mais eu”.

Enfim, se você não é torcedor do São Paulo vai entender de primeira toda a analogia que fiz. Se for, vai ter um tanto de dificuldade porque faz parte daquele grupo que Rogério vai enganar por mais tempo.

Mas fique tranquilo, ninguém engana todo mundo o tempo todo. Ninguém !!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quanto vale um amigo?

Descartar pessoas pode ser considerado uma atitude de defesa do ser humano. Ficamos sempre tentados a isso quando somos contrariados.
O que difere pessoas equilibradas de outras, nem tanto, é a capacidade que têm de administrar as incompatibilidades.
Imagine um mundo onde todos fizessem a mesma coisa e pensassem da mesma maneira. Nossa, me deu uma preguiça monstro agora. Tudo bege, tudo pasteurizado.
A diversidade é produtiva, rica, cheia de contrastes mas dá trabalho. Somos capazes de passar anos ao lado de pessoas que concordam conosco em quase tudo, mas não suportamos muito tempo os “do contra”. Questão de afinidade, dirão. Sim, fato. Mas as afinidades não são garantia de 100% de concordância. Há de se ter carinho e compreensão nas relações que se estabeleceram, muitas vezes, por anos.
Até aqui nenhum segredo, não é?
A minha inspiração para essa reflexão está no fato de não me conformar com algumas ações que vejo em pessoas, teoricamente, de bem.
Acho que a proximidade dos meus cinquenta anos também tem peso nisso tudo.
Ao longo da minha vida tive amigos e “amigos” e o que os difere é justamente a capacidade que tivemos de lidar com nossas diferenças. Meus amigos, poucos, pouquíssimos – mal cabem na palma de uma mão – entendem minha forma de ser. Respeitam minhas opiniões, mesmo quando contrárias as suas e jamais questionam  minha fidelidade a eles.
Enquanto isso, na contra mão, temos os pseudos amigos. Os que gostam da quantidade e batizam qualquer ser que respire e acene com um sorriso de “meu amigo”. Esses são seres raivosos quando contrariados. Logo partem para a ignorância sem ao menos se darem ao trabalho de racionalizar a sua fatia de culpa em qualquer intercorrência na relação. Podem expressar a sua ira com xingamentos e agressões verbais graves, passando por acusações e criação de boatos ou entrar no terreno das indiretas. Há ainda os que saem de fininho e abandonam o barco sem maiores alardes e, diga-se de passagem, esses são os que tem o meu respeito.
Não consigo conceber uma relação de 10, 15, 20 anos que se abala porque uma das partes se fecha, fingindo não saber como é o outro e se mostra surpreendido e ofendido diante de uma atitude simples, sem novidades. Uma atitude super previsível, se enxergássemos a pessoa como ela é e não como gostaríamos que ela fosse.
Descartar um amigo é um ato covarde. Nos desobriga a reflexão.
Descartar pessoas, quando nos fazem mal é válido é recomendável. Mas é de bom tom que não façamos alarde disso. E essa carapuça muito me serve!
Conte os seus amigos, dentro dessas premissas – compreensão, afinidades, respeito e fidelidade – e avalie com quantos deles você poderá contar quando resolver ter uma opinião divergente do grupo.
Avalie quantos permanecerão ao seu lado quando você estiver chato, de TPM ou em depressão e pior: quantos deles continuarão sorrindo quando você estiver fazendo muito sucesso ou ganhando muito dinheiro.
Bons amigos custam caro !!!! E não estou, absolutamente, falando de dinheiro.

Quanto vale o seu amigo?  

terça-feira, 3 de setembro de 2013

20 anos com ela !!!


Nossa relação começou num susto.
Um exame de gravidez positivo nas mãos, poucos meses depois de casada.
Não era esperada.
Passado o impacto inicial, ter um bebê pareceu uma ótima ideia.

E depois que caí na malha fina de uma demissão em massa no jornal que trabalhava  foi fácil lidar com a barriga crescendo – muito – enquanto organizava o quarto dela.


Marcella foi o primeiro e único nome escolhido por mim. Se fosse um menino, o pai escolheria.
Quando fiz o ultrassom e vi que era ela fiquei bem feliz.
Lembro-me de sentar no chão do quartinho já decorado, abrir as gavetas com as roupinhas lavadas e guardadas, tirar um ou outro macacãozinho e abraçar, imaginando que era ela...
Depois de 40 semanas, como não parecia muito a fim de vir pra esse mundo, precisamos marcar uma cesariana o que, confesso, me deu um grande alívio. Tinha um medo danado do tal parto normal.
Chegamos à maternidade às 7h20. Antes disso, em casa, ainda passei uma camisa para o pai dela vestir, pode?  Minha mãe e meu pai já estavam lá, ansiosos com meu atraso – tinha que chegar às 7hs. Culpa da camisa, falei !  
Enfermeira foi me buscar na recepção. Pronto, chegou a hora! Choradeira geral – normal na família essa coisa do choro – e lá fui eu pra sala de parto.
Marcella nasceu no dia mais frio daquele ano de 1993 às 10h18 – linda. Rosadinha, gordinha, uma boneca.
Engraçado como se estabelece essa relação. Basta um olhar, um toque e pronto.


A cada mamada, fazia questão de me preparar para recebê-la. Levanta, escovava os dentes, penteava os cabelos e passava batom rsrsrs  É, passava batom!!! A pessoa, morrendo de dor da cirurgia, mas com o bocão perfeito. Rsrsrs Só eu mesmo.
Mamou fácil, não deu trabalho – não que eu me lembre.
Nos três dias que ficamos na maternidade perdi as contas das vezes que parei no vidro do berçário – inclusive de madrugada - para admirar a minha menina. Era mesmo a mais linda de lá.
Não sou dessas mães que fazem discurso sobre o amor incondicional. Não acredito nesse papo de “amo desde que era uma sementinha em meu ventre”. É preciso conhecer, se relacionar para admirar, amar e querer estar sempre perto.
O nosso primeiro ano foi de total interação. Vivi pra ela. Fazíamos tudo juntas. Acompanhei cada evolução: o primeiro dente, a primeira palavra, o dia que andou, a primeira arte. Desenvolvemos um amor lindo que só cresceu nesses 20 anos.
Tenho orgulho dela. Mesmo que às vezes a gente discuta, mesmo que tenhamos divergências de opinião, mesmo que ela ache que não fui assim, uma mãe exemplar – e não fui mesmo. Conheço-a como ninguém. Sei quem ela é e a amo muito.
Uma pimentinha !!!
Bravinha!!!


Uma menina linda, uma mulher forte, corajosa e verdadeira com ela mesma – e é isso que tem que ser.
Sofreu uma grande perda, lida com dificuldade com isso, e essa é a minha maior dor: Não há nada que eu possa fazer para que isso passe, além de acolher e pontuar quando a dor é dor ou quando a “dor” é só uma desculpa para mascarar o não cumprimento de certas obrigações ou enfrentamento de certas situações. Tudo isso faz parte do processo de amadurecimento.
Filha, 20 anos depois, o que posso dizer é que amo você incondicionalmente! E não porque as mães sempre amam seus filhos. Amo você porque é especial, engraçada, responsável, brava, nervosinha, divertida. Carinhosíssima, prestativa (quando tá afim) rsrs
Desejo que se respeite. Que siga o caminho que escolher- e podem ser muitos ao longo da vida -  que entenda que escolhas tem consequências, às vezes más, mas muitas vezes boas.
Que seja você sempre! Até porque, você é mesmo, uma delícia de pessoa.
E a gente se diverti, né???





Parabéns !!!!!!!!!!!

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