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Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

As Ex dos Ex


Todo mundo tem passado. Fato! Todo mundo tem um ex, ou dois, ou sei lá, dez, quinze...E esses infelizes, também tiveram as suas ex.  Aí, a coisa vai crescendo em proporção geométrica. Seria cômico, se não fosse trágico. Pelo menos durante o tempo em que o relacionamento dura. Depois que acaba, é cômico mesmo. Vira piada, vira história, vira crônica de blog.

Meu primeiro namorado sério, tinha tido só uma ex. Nome forte, estrangeiro, sabe? Meio nórdico. Imaginava a moça grandona, loira e firme. Deu um pé na bunda dele praticamente na porta da igreja e me inspirou. Se ela fez, eu também podia. E fim!

Antes dele, tive aquele amor de infância e adolescência. Deus do céu, como tinha ex ! De todos os tipos e qualidades, mas felizmente, naquela época eu era bem jovem, inocente e imatura e não me incomodava com as fulanas além do ciúme normal de “namorada da vez”. O que me restou, foi ser ex também. Aliás, sou a ex que mais incomoda a atual. Incomodo só pelo fato de existir. Diversão garantia, pra mim, é claro.

Meu ex marido, teve duas ou três ex. Nenhuma que valesse a pena o incomodo, mas eu, com auto-estima abaixo de cu de cobra, achava qualquer uma delas melhor que eu. E quer saber? Nem se amassasse as três daria meio kibe!

Aí veio o príncipe encantado, com cavalo branco e flores, jóias e palavras lindas. Esse não tinha ex. Tinha atual mesmo! Fazer o que, né? Ninguém é perfeito, nem o suposto encantado.

E o menino? Gente... o menino tinha um vigor! Não se contentava em colecionar ex, mantinha a maioria na vida,  de stand by. Muita gente, praticamente um time, quiçá uma torcida. Acabou fisgado pela primeira namoradinha séria, aprovada pela mamãe e hoje paga de bom marido, bom pai e bom filho. Sinal dos tempos... Ou, o fim.

Nenhuma dessas ex, citadas acima,  incomodava de verdade. Fazia muito mais parte do meu imaginário, do que qualquer outra coisa.

Um dia, não satisfeita em arrumar um psicopata pra namorar, arrumei um que tinha uma ex daquelas malucas. A mulher encasquetou que tinha sido abandonado por minha causa. Não adiantava o Papa explicar que, quando eles se separaram, eu morava em São Paulo e não fazia ideia da existência dos dois. Ela ligava o tempo todo para ele aos berros. Dizia que conhecia meu passado e todos os dias ameaçava fazer uma revelação bombástica sobre a minha vida. Ele, doente que era, acreditava e ficava tentando tirar de mim, em primeira mão, as tais histórias escabrosas. Lá se vão 10 anos e até hoje eu não tenho noção do que ela estava falando, suspeito que nem ela. Entre outras pérolas, ameaçou me bater. – “Reza, viu (dizia berrando para o psico ao telefone) Reza pra eu não encontrar essa vagabunda no Wal Mart, porque se isso acontecer, eu acabo com ela. Dou uma surra, ela vai sair de lá carregada”.  Nessa hora, me vinha à memória a foto que ele tinha me mostrado e eu pensava: - Vai precisar só um empurrão... A mulher pesava quase 150 quilos.
Com o passar do tempo, ela acalmou, emagreceu e reconheceu que tinha exagerado. Quem não conseguiu superar foi ele, que até o fim insistia em saber sobre tais histórias que ela mencionava.

Aí veio o campeão nacional das ex. O cara com síndrome de Fábio Júnior. Na época que começamos a namorar, algumas das ex resolveram dar o ar da graça das mais diversas formas. Teve a que me ligou, educa e gentilmente, pedindo para falar com ele. Precisava resolver questões importantes e inadiáveis. Quando soube, por ele, do que se tratava, fiquei passada.  Teve a que me chamou de “namoradinha vagabunda”. Arrogante preferiu culpar a mim pelo fim do casamento.  Afinal, não acabou porque ela era mimada, ou porque o colocou para fora umas três vezes, ou porque dizia antes do casamento que ele não cabia na casa dela e nem porque o mandava calar a boca publicamente. Não! Nem foi porque era tão chata, tão chata, que só Plasil na veia daria conta de tanto enjoamento. Não bastasse essas pérolas, lá pelas tantas,  surge a  hors concours. Parecia afim de uma reaproximação e não poupou esforços. Primeiro, pediu para uma funcionária ligar propondo que ele prestasse serviço para a empresa dela. Não teve sucesso. O cara não tinha nada de tonto.  Depois começou  a mandar e-mails, com certa regularidade, dizendo que ele merecia coisa melhor, que eu era muito maldosa e outros “mimimis”. Antes da assinatura e do beijo fazia questão de escrever: “Sinto sua falta todos os dias”. Maldoso era ele que me mostrava tudo, né? Enfim, sem resposta, foi a vez da mãe dela entrar na parada.  Não só falava mal de mim, como enaltecia o cara que um dia,  sem piedade, deu um pé na bunda da filha no pior momento da vida dela. Vai entender. O fato é que quem merecia coisa melhor era eu. Ela também, mas talvez nunca tenha se dado conta disso.

Fico imaginando como será a ex do meu futuro. Já pensou se a dita for daquelas com complexo de Úrsula? É!! Aquele tipo capaz de se jogar da escada pra manter a atenção de um homem ou que arranca os próprios cabelos se ele não atende uma ligação, ou ainda que tem a capacidade de cortar os pulsos quando descobre que ele está num novo relacionamento. 

Então... Oremos! 
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