Em 2012 eliminei 12 kilos que me perturbavam corpo e mente.
Foi um processo demorado, acompanhado de perto por algumas pessoas que me
apoiaram e por outras que me invejaram a determinação e vontade.
Ao primeiro grupo minha gratidão e reconhecimento de que
foram tempos difíceis de me aguentar, às outras meu conselho: Procurem sua
turma!!! (maneira mais simpática de dizer: Vão pro inferno e abracem o capeta).
Um balanço anual normalmente começa com outro texto: “Foi um
ano de tristezas e alegrias”. É, foi mesmo. Igualzinho aos 48 anteriores que
vivi. Alguns mais felizes que outros, é verdade. Mas no fim, o balanço é sempre
igual. Os deprimidos dão ênfase às desgraças, os naturalmente felizes como eu,
valorizam o que aconteceu de melhor e mais, entendem o ruim como bom também.
Não levantei bandeiras e isso talvez me custe muito. Não
compactuei com a mesmice e a mediocridade e isso já me custou muito.
Abri mão de pessoas quando decidi não mais chamar de “amigo” os que apenas sentam comigo para uma cerveja –
ou um saquê, em épocas de dieta – e me agridem verbalmente e virtualmente por
ter, por exemplo, um pensamento ou um time diferente. Seria injusto com os meus
amigos de fato. Aliás, descobri esse ano que tenho amigos para os dedos de uma
mão. E se bobear, pode ser até a esquerda do Lula.
Percebi que na hora da dor o apoio vem. No meu caso, atende
pelo nome de Érica. Obrigada querida, você tem sido anjo.
Hoje, 28 de dezembro – aniversário da minha mãe, por sinal –
sinto em meu peito uma ligeira falta de ar resultado de uma ansiedade que me
move há alguns dias. Tudo bem! é motivadora não paralisante. Diria até que é
questionadora e isso combina super com balanços de final de ano.
2012 ficará marcado por descobertas internas importantes e
pela quebra de crenças, mas antes de tudo, quando me lembrar “do ano em que o
mundo acabou” vou pensar que foi nele que ganhei um dos presentes mais
deliciosos da minha vida: O Be!
Em 2012 o meu mundo acabou mesmo um pouquinho, mas estou
descobrindo que foi legal ter feito um estoque de comida porque tá sendo
possível reconstruir e a ideia é que ele seja reforçado o suficiente para que
não acabe de novo, pelo menos não da mesma maneira.
As pessoas falam de nova fase energética, imagino que seja
uma coisa meio Red Bull, onde teremos asas para alcançar outras esferas. Cheguei a cogitar fazer um plano de voo, mas como minha expectativa para 2013 é
não criar expectativas agirei à maneira “Zeca Pagodinho”.
FELIZ NOVO ANO.