Um FIM não apaga o que foi começo
Tão pouco é capaz de desconstruir o meio.
Não deleta o que foi vivido,
Não esconde o que foi somado, subtraído
E tem que conviver, queira ou não, com tudo o que foi dividido.
Um FIM não acaba com o que foi sonhado e compartilhado,
Tão pouco com a memória daquilo que nos fez feliz, mas...
... um FIM precisa de tempo para ser assimilado,
Grande dose de paciência para ser compreendido.
Um FIM precisa de distanciamento, de isenção,
De muito esquecimento e um pouco de desinteresse.
Precisa de alguma mágoa, de muita dor, de alguma raiva.
Um FIM precisa de certas mentiras, alguma manobra, pitadas
de ironia.
Litros de lágrimas, quilos de melancolia, alguma revolta,
certa covardia!
Um FIM, pra ser um FIM daqueles que vale a pena, precisa de
muita saudade
e dose extra de aceitação.
Um FIM pra valer a pena, tem que vir sobre o salto, alto,
quinze.
Peito estufado, esbanjando a coragem que não se sabe de onde
tira.
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