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Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



terça-feira, 6 de julho de 2010

MINHA VIDA SEM MIM

Não, não é um título original. É de um filme que vi. Triste, denso, daqueles que faz a gente pensar se estamos no caminho certo.
Sem me preocupar com o “plágio” acho que o título é perfeito para esse artigo.
Você já se deu conta de que existe um mundo onde vivemos e agimos sem que saibamos?
É ! Um mundo paralelo, onde nossas opiniões e atitudes são comentadas por um grupo de pessoas; onde histórias do nosso passado são contadas com propriedade.
Uma vida sob a qual não temos controle nem responsabilidade, mas que nos é atribuída diariamente e tem uma força assustadora.
Comecei a perceber isso intuitivamente e depois lendo as insinuações feitas sobre mim em sites de relacionamento.
Comentários feitos por pessoas que não me conhecem, que nunca conversaram comigo, mas que sabem muito da minha "vida sem mim".
Há alguns dias um fato que seria cômico se não beirasse o constrangedor me fez ter certeza da existência dessa vida paralela.
Conversando com meu marido sobre isso, ouvi dele uma teoria bem parecida com essa.
Tudo começa com alguém que ouve alguma coisa de outro alguém que provavelmente não teve lá um bom relacionamento com você. A partir daí abre-se um portal e sua vida paralela passa a existir. As conclusões são tiradas e as culpas são atribuídas.
Não se trata de fofoca. É muito mais sério que isso. Trata-se de uma VIDA, que na cabeça dos obcecados por você é REAL. Eles acreditam, falam com propriedade e tem eco. E claro que ecoando não demora a ficar com uma riqueza de detalhes impressionante.
Chega um hora que a coisa é tão intensa que aqui, no mundo real, a gente acaba confuso. Pior, acaba triste, prejudicado pela fama que normalmente não é das melhores.
Tudo bem!! Eu até prefiro que certas pessoas não gostem mesmo de mim. Acredito que as pessoas que não gostam da gente dizem muito mais a nosso respeito do que as que gostam.
Minha mãe costumava me alertar na adolescência sobre as companhias citando sempre o ditado: “diga-me com quem andas e te direi quem és”. Não concordava com isso na época, achava injusto comigo. Colocava-me como alguém sem personalidade. Agora dizer: “Diga-me quem te odeia que eu te direi quem és”, pra mim faz todo o sentido.
Minha vida sem mim é cinematográfica. Sou tantas numa só ! De fazer inveja a Glória Pires. É tão intensa, tão cheia de mistérios que chego a ter inveja de tamanho poder.
Talvez um dia eu seja apresentada a ela e seremos, quem sabe, grandes amigas !!
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