Sobre o Conteúdo do Blog

Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

2012 e os 12 kilos que se foram.


Em 2012 eliminei 12 kilos que me perturbavam corpo e mente. Foi um processo demorado, acompanhado de perto por algumas pessoas que me apoiaram e por outras que me invejaram a determinação e vontade.
Ao primeiro grupo minha gratidão e reconhecimento de que foram tempos difíceis de me aguentar, às outras meu conselho: Procurem sua turma!!! (maneira mais simpática de dizer: Vão pro inferno e abracem o capeta).
Um balanço anual normalmente começa com outro texto: “Foi um ano de tristezas e alegrias”. É, foi mesmo. Igualzinho aos 48 anteriores que vivi. Alguns mais felizes que outros, é verdade. Mas no fim, o balanço é sempre igual. Os deprimidos dão ênfase às desgraças, os naturalmente felizes como eu, valorizam o que aconteceu de melhor e mais, entendem o ruim como bom também.
Não levantei bandeiras e isso talvez me custe muito. Não compactuei com a mesmice e a mediocridade e isso já me custou muito.
Abri mão de pessoas quando decidi não mais chamar de “amigo” os que apenas sentam comigo para uma cerveja – ou um saquê, em épocas de dieta – e me agridem verbalmente e virtualmente por ter, por exemplo, um pensamento ou um time diferente. Seria injusto com os meus amigos de fato. Aliás, descobri esse ano que tenho amigos para os dedos de uma mão. E se bobear, pode ser até a esquerda do Lula.
Percebi que na hora da dor o apoio vem. No meu caso, atende pelo nome de Érica. Obrigada querida, você tem sido anjo.
Hoje, 28 de dezembro – aniversário da minha mãe, por sinal – sinto em meu peito uma ligeira falta de ar resultado de uma ansiedade que me move há alguns dias. Tudo bem! é motivadora não paralisante. Diria até que é questionadora e isso combina super com balanços de final de ano.
2012 ficará marcado por descobertas internas importantes e pela quebra de crenças, mas antes de tudo, quando me lembrar “do ano em que o mundo acabou” vou pensar que foi nele que ganhei um dos presentes mais deliciosos da minha vida: O Be!
Em 2012 o meu mundo acabou mesmo um pouquinho, mas estou descobrindo que foi legal ter feito um estoque de comida porque tá sendo possível reconstruir e a ideia é que ele seja reforçado o suficiente para que não acabe de novo, pelo menos não da mesma maneira.
As pessoas falam de nova fase energética, imagino que seja uma coisa meio Red Bull, onde teremos asas para alcançar outras esferas. Cheguei a cogitar fazer um plano de voo, mas como minha expectativa para 2013 é não criar expectativas agirei à maneira “Zeca Pagodinho”.

FELIZ NOVO ANO. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Covardia





                             “A covardia é a mãe da crueldade” - Montaigne.


Que bom seria se a covardia de alguns se limitasse a falta de coragem de agir. Aceitável seria se representasse apenas o medo diante de determinada situação.

Infelizmente, Montaigne tem razão. A covardia desperta o que há de pior na alma humana. E tenho a sensação de que acontece em etapas.
Uma simpatia forçada que é desmascarada pela hipocrisia nas palavras associada à incoerência dos atos. A subserviência, que por si só é nojenta, inaceitável. A crueldade na sua última instância. Última, não única – que fique claro.

O ser covarde é incapaz de raciocínio claro e isento de questões emocionais. Leva absolutamente tudo para o lado pessoal e sente-se constantemente ameaçado. Vê em tudo um grande complô. Sente-se vitimizado pelo sistema e acaba colocando as etapas: simpatia, subserviência e crueldade em prática.

Conviver com um covarde é incomodo porque nos deixa de mãos atadas. Fazer algo para combatê-lo acaba sendo uma covardia, não fazer também.

Posso afirmar que  é um exercício diário que transita entre a tolerância e a paciência. Saramago me fez pensar sobre o papel da tolerância na sociedade. Essa questão de nos considerarmos superiores quando toleramos o outro, mas nesse caso, exerço esse papel até porque sou sim, superior a esses seres rastejantes.

E quando penso em seres rastejantes, imagino cobras em formato de desenho animado que me remete a outro pensamento: Se conseguíssemos lidar com a situação na base do humor, seria bastante interessante conviver com seres assim. Colocaríamos em prática nossa veia cômica, transformando os covardes naquilo que são em essência: personagens. Daríamos a eles apelidos e passaríamos a nos divertir com aquilo que antes nos provocava gastrite.

É! Talvez essa seja a saída.

Vou pro Google pesquisar um apelido pro meu covarde de plantão. Quem sabe meu próximo post não seja uma história divertida sobre como ele próprio mordeu a maça. 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...