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Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Delícias e Dores de uma Noite na Sky Room.


A experiência de voltar a uma boate, depois de mais de 20 anos, é no mínimo esquisita. Adoro a noite, adoro dançar, adoro estar com amigos e isso não é segredo. Mas tenho baixíssima resistência à música eletrônica. Desde sempre. Então, um convite para as baladas atuais não é assim, uma opção. A menos, claro, que eu tenha um ótimo motivo para ir. O que me levou à Sky no sábado passado era excelente: Leilah Moreno.

Cheguei meia noite, conforme combinado com amigos. Claro que a fila é enorme, claro que o “valet” custa os olhos da cara, claro que não ten uma “putaduma” vaga por perto para a gente mesmo estacionar.
Moçada bonita, média de idade 25 anos, segurança simpático na porta, portando um Ipad:

- Boa noite, tem nome na lista?
- Sim, tenho.
- Ah, ok. Você está “free”, só paga o que consumir.

Mais um tantim de fila, outros seguranças sorridentes na porta. Outro tantim, revistam sua bolsa e logo você vai aos guichês para identificação. Tudo muito moderno, registram seu dedo indicador, pedem algumas informações, tiram uma foto sua e em mais ou menos 25 minutos – considerando o momento em que entrou na fila do lado de fora – você está apto a entrar na boate, não sem antes passar por mais alguns seguranças, ainda sorridentes, que te fazem colocar mais uma vez o indicador na porra do aparelhinho.

Quando o segurança baixinho – com cara de bons amigos - abre a porta, a sensação é que alguma coisa vai saltar do peito. O coração talvez, mas pode ser um dos pulmões também. O “tumtumtum” infernal vem de todos os lados, saídos de caixas de som imensas penduradas sobre nossas cabeças.

Fomos até o bar. Uma atendente muito sorridente nos recebeu.

- Pois não?
- Duas águas, por favor.
- Você coloca o indicador aqui? Disse apontando para o aparelhinho onipresente na boate.

Ahh, que moderno, comentei aos berros – única forma e me fazer entender dentro do recinto - com Marco, meu amigo. Enquanto a moça pegava as águas, dei uma ligeira olhada no cardápio e comecei a procurar os mastros de Pole Dance. Uma água custando R$ 6,00 ? Preço de Zona!!!

Procuramos um lugar pra sentar e felizmente achamos. A partir daí, tentei me desligar do incômodo da música e passei a admirar o lugar. Tudo muito bem montado, bem sinalizado, bem decorado.

Conversando sobre o que víamos, chegamos à conclusão de que mudou o cenário – mais Hi Tech, o figurino e a trilha sonora - que ficou infinitamente pior e mais barulhenta,  mas o roteiro continua igual com algumas cenas mais picantes, digamos, no final. Os meninos juntos, passando de um lado, as meninas juntas e saltitantes, passando de outro. Vez ou outra um casal de mãos dadas.

O Figurino merece comentário a parte: Que diabo é isso que 80% das meninas, magras ou não, malhadas ou não, bonitas ou não, estão usando como saia? Segundo me disseram, o nome é “Bandagem”, mas não difere nada das tais sainhas de cotton vendidas nas lojas da baixada por R$ 10,99. E não fica por aí, os outros 15% preferem roupa de mulher fruta e os 5% restantes, parecem ter fugido de um colégio de freiras às pressas durante a madrugada.

Encontrei outros amigos queridos, vi pessoas conhecidas, fotógrafos dos jornais e revistas de Ribeirão, sofrendo para fazer um bom clique, enfim, a noite seguia.

Leilah linda chegou, falamos rapidamente com ela, e logo entrou no palco improvisado na frente do DJ. Cantou lindamente, melhor que nunca. Dançou, agitou a moçada. Foi perturbada por playboyzinhos inconvenientes, mas salva por um segurança com cara de poucos amigos – justifica, ele precisa ter essa cara mesmo.

Assim que acabou o show, saímos da pista – amém -  e ficamos esperando a produtora que nos levaria ao camarim. Subimos e lá ficamos por mais de uma hora, rindo muito, colocando a conversa em dia.

Já beirava as quatro da matina quando descemos e o que encontramos, quando a porta abriu, foi um cenário bem diferente daquele que vimos quando chegamos. Exceto pela fila.

Casais encostados no balcão do bar se beijando loucamente. Tão loucamente que a vontade era cutucar o moço – que estava com a mão sob o vestido da moça – e perguntar:

- Fofo, vai comer ou vai embrulhar?

Na fila, que não andava, o segurança – aquele com cara de bons amigos - parecia agora saído do inferno, com uma cara feia de dar medo. Os bêbados, moleques sem noção e inconvenientes num empurra empurra, as meninas com a maquiagem derretida, cambaleando com as sandálias na mão e mais seguranças passando com cara de pouquíssimos amigos. Um deles, pude perceber, tinha a mão cheia de sangue.

Mais uma segurança para controlar a ida aos caixas – os mesmos em que fomos recebidos de forma simpática na entrada.

Alguma coisa entre 20 e 30 minutos depois de ter saído do camarim da Leilah, fui atendida. Coloquei o indicador no aparelho, a moça com uma cara “estranha” me disse o valor, eu paguei e fiquei esperando pelo Marco que pagava num outro guichê. Percebi um segurança limpando o primeiro caixa com álcool enquanto a atendente dizia:

- Tem sangue aqui também.
- Nossa, espirrou em todo lugar?
- É, um horror!! Desnecessário o que aconteceu.

Mais uma fila e uma dedada no aparelhinho, pudemos finalmente sair da casa.

O que vi a seguir foi surreal.

Uma pessoa conhecida - que por motivos óbvios vou poupar a identidade – num inconformismo que beirava o descontrole. O motivo? Seu namorado tinha sido espancado pelos seguranças da casa noturna.
Só aí percebi que ele estava com o rosto deformado e manchado de sangue.

Fui ao encontro deles.  Tentei acalmar a moça até que a polícia chegasse e o que ouvi me deixou ainda mais indignada: Na hora de pagar, perceberam que a conta estava bem maior do que deveria. Pediram uma revisão sem sucesso, pediram para chamar o gerente que veio acompanhado de um segurança. Argumentaram, foram intimidados. Diante da cena, o namorado resolveu pagar a conta, alta mesmo – o que ele mais queria era sair logo de lá. Depois da conta paga, chegaram mais dois seguranças e o massacre começou com socos no nariz, testa e face, desfigurando o rosto de um menino que é doce e decente. A moça, inconformada com o que via, partiu pra cima dos seguranças – era como uma formiga tentando parar um bando de elefantes - e nesse momento, uma mulher a pegou pelo pescoço, enquanto outro segurança a levantava pelo braço e ambos a jogaram para fora da boate, no melhor estilo “bang bang” americano.

O dono do lugar saiu, chamou o moço do rosto arrebentado para conversar. Parecia bonzinho, voz tranquila, apaziguador - eu estava junto.

- Você está coberto de razão, fulano. Eu vou mandar o segurança embora. Passa aí na segunda que a gente vê o que faz, sei lá... eu te dou umas coisas, umas entradas... a gente vê aí.

E eu só pensava: Heim???? Te dou umas coisas... Como assim? E o rosto do cara? E todo o constrangimento? Vai mandar o segurança embora? Vai nada !!! Se fosse um cara sério, o segurança estaria ali quando a polícia chegou 20 minutos depois. Só que ele mandou tirar os envolvidos pelos fundos – eu vi, enquanto estava na fila. Se fosse um cara sério, ele mesmo estaria ali fora. Mas não, falou meia dúzia de merda e entrou. Se ele fosse sério, sairia para conversar com o pai da menina que chegou assustadíssimo com tudo o que estava acontecendo.

Pior, ouvi de várias pessoas que estavam do lado de fora, que é prática comum da Sky cobrar a mais nas contas, principalmente quando percebem que o consumo foi alto e a chance de perder o controle é grande. E eu pensando:

- Pra que então, a gente coloca tanto o maldito do dedo naquele aparelho?

Diante da situação, cheguei a algumas conclusões:

- O dono da casa ou é conivente no roubo ou é péssimo em gerenciamento;
- Os seguranças têm um comportamento quando você entra e outro quando você sai;
- A moçada de hoje, além de um puta mau gosto pra se vestir, tem um cérebro lesado – porque diabos continuam indo num lugar onde sabidamente se é roubado?;
- Eu não suporto mesmo música eletrônica;
- Estou mais equilibrada;
- A Leilah continua fazendo show’s espetaculares;
- Ter amigos é a melhor coisa do mundo e

Eu não volto nesse lugar nem por uma esquadrilha de caralhos alados.

22 comentários:

  1. Oba !! Escapei!!
    Bar do chorinho é bem mais legal!

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  2. Já testemunhei o mal preparo dos "profissionais" desta casa uma vez também, lá eu não volto, diga-se de passagem o Vila Dionísio é um entretenimento muito melhor e mais saudável.

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  3. Chris, admiro sua coragem! Acho que o que você presenciou foi um pouco de tudo: pessoas lesadas (em todos os aspectos), excesso de "você sabe com quem está falando"..e pior - tudo "do mesmo". Qualquer baladinha em qualquer casa noturna de Ribeirão Preto (e talvez fora daqui) vai cair no som ensurdecedor, nas bebidas a custo "fora da realidade", na música de sempre. Ao contrário do Vitor , estive no Bar Vila Dionísio por duas vezes e não vi nada saudável ali. Se a casa pegar fogo, ninguem tem para onde correr..eles enfiam quantos podem (e não podem) durante os shows é impossivel conversar - nenhum dos frequentadores sequer vão ali pra dançar. E cuidado, você pode não conseguir chegar ao banheiro..E mais um punhado de moças envoltas nas bandagens (!!!!) Enfim é a banalização da diversão. E sempre sai um machucado (fora os tantos embriagados). Não vejo alegria nenhuma nisso...acho que estou velha.

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  4. Acho melhor vc fica em casa e continuar cuidando das crianças, o mundo mudou muito em 20 anos !!!!

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    1. Duzzek, o mundo mudou bem menos do que você supõe. Principalmente quando falamos sobre a necessidade de se ter RESPEITO pelas pessoas. Minhas "crianças" provavelmente têm a sua idade e precisam de poucos cuidados, porque como eu, aprenderam que agressão nunca é válida, respeito é necessário e bons modos abrem várias portas.

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  5. Querida Chris Carolo,
    Trabalho na casa há uns 6 meses, amo aquele lugar, e antes tudo queria humildemente dizer que sentimos muito pelo ocorrido, ouso ainda dizer que falo em nome de TODOS que trabalham ali e que também amam aquela boate e não a vejam como uma simples fonte de renda, ali somos uma família.Te indicaria uma noite em que gostaria muito de levar os meus pais um dia, que é a SKY DISCO, talvez você gostaria mais do som, ou das pessoas mais maduras que já com um pouco mais de idade conseguem curtir uma noite mais tranquila só com sucessos dos anos 80 e 90 sem aquela juventude toda, afobada e cheia de bandage e mega decotes e sais curtas mostrando de tudo e mais um pouco, confesso que as vezes elas exageram mesmo.

    Tudo o que acontece de fato tem os dois lados da moeda, eu não estava presente na hora do ocorrido então não posso vir até aqui e julgar o fato com meias verdades. A única coisa que tenho a te dizer é que, sim, a casa tem uma estrutura que nenhuma outra casa em Ribeirão e Região tem a oferecer, quanto ao valor, pode ser, até que esteja um valor mais alto comparado com as outras casas de RP, mas dizer que roubam na conta é o mesmo que falar que os funcionários estão roubando e que o pessoal que trabalha a noite inteira no bar te atendendo com o maior prazer, estão passando coisa errada, ou se não as meninas do caixa... É muito desrespeito com quem “perde” o final de semana pra trabalhar enquanto nossos queridos clientes/amigos estão se “divertindo” e como de costume um ou o outro sempre perde a linha e bebe um pouco a mais e não lembra o que bebeu, e na hora de pagar a conta querida, SEMPRE tem um que de alguma forma diz que estamos roubando mesmo. ai de repente surge um amigo mais são olha a notinha e fala que ta certo mesmo
    ou então, alguém sai falando que foi roubado e eu pergunto se quer que chame o gerente pra gente conferir e ele fala que não precisa, ué...
    se eu tenho certeza que estou sendo roubada eu não ia deixar pra la
    mas pode por que é muito desrespeito com quem perde o fim de semana pra complementar sua renda, e ainda ser chamado de ladrão, por gente que bebe demais e se acha mais do que os funcionários.

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    1. Camila, você não estava lá, não é mesmo? Eu estava. O que disse sobre as cobranças "extras" nas contas foi baseado em testemunhos de várias pessoas que estavam do lado de fora naquela noite, inclusive do casal, que ficou 2 horas dentro da Sky e teve uma conta de R$ 600,00. Ok, a cerveja custa R$ 13,90, mas quantas eles precisariam ter bebido em 02 durante 02 horas para atingir esse valor???? Desculpa, não fiz acusação alguma apenas relatei o que vi e ouvi e cheguei a algumas conclusões MINHAS, PARTICULARES. Espero que tudo realmente se esclareça e que os bons funcionários passem a ser maioria na casa.

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  6. Não conheço a casa, mas a informação é o suficiente pra que eu não perca tempo, dinheiro e paciência rs. De qualquer forma, além da indignação com o caso, vale dizer que teu texto foi sensacional! Tive que pausar a leitura por alguns minutos pra me recuperar do "Fofo, vai comer ou vai embrulhar?" e da tendência de meninas 'embaladas à vácuo' hahahahaha. Parabéns!

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  7. Não, pera !
    O que você tem que falar do figurino das pessoas? Pelo o que eu vejo, você é apenas uma publicitária e não estilista e mesmo se fosse estilista, não deveria falar nada. Certo? - Cada um é cada um, cada ser em si tem seu gosto. Cuida do seu estilo, cuida do seu gosto, deixa as pessoas fora disso.
    Ah,foi até a casa por causa da Leila Moreno? Hm, acho que o estilo no qual ela foi cantar, era ELETRÔNICA, disse que não gostava, e mesmo assim foi e falou mal da Casa. NOSSA QUE HILÁRIO.

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    1. Caro (a) ANÔNIMO (A),
      Não posso levar a sério alguém que se manifesta dessa forma. Mas para sua informação: BOM GOSTO independe de formação, CERTO???? OPINIÃO é um direito de todos, OU NÃO ??? E HILÁRIO messsmo, nisso tudo, é diante de tanta coisa séria, tanta denúncia OPORTUNA sobre comportamentos, você se preocupar com a minha opinião sobre moda e música eletrônica. Mostra a sua cara.
      ASSINA o que escreve, aí quem sabe, eu vá dar algum crédito a você.

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  8. O que seria do amarelo se todos gostassem do azul? Não vou em lugar que tem fila, como nunca acampei, desde os meus 15 anos de idade. Acho que sua opinião não vai esvaziar o local, apenas alertar os frequentadores e orientar os proprietários.

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  9. O blog é SEU, a o·pi·ni·ão (latim opinio, -onis) (Manifestação das .ideias individuais a respeito de algo ou alguém (ex.: dar a sua opinião). = PARECER, VOTO) é SEU, e a sra. tem total direito de expressar aqui no seu espaço, quem leu e não gostou, é bom também saber que tem pessoas que tem um pouco de senso crítico, ou só fazem parte da "massa" defensora da juventude e roubalheira, que inclusive são supostas vítimas omissas ou dispostas a pagar por isso. Sky é status, é bonito pagar caro lá, feio é o preço do tomate.
    Eu sinceramente acho que não preciso concordar ou discordar de nada que esta no texto, pelo contrario, ele serve pra eu ler e refletir, pensar qual é a minha opinião sobre o mesmo assunto. Se eu sentir necessidade eu comento, discuto e ARGUMENTO. Não defendendo de forma vazia e sem embasamento sobre algo que nem quem presenciou tem certeza.

    Obrigada por ter coragem de se expressar e frisar que o que falta é RESPEITO com o próximo, afinal educação nunca é demais!!!

    Ps: A maioria das pessoas vão as boates com intenção de beber, dançar e "pegar" alguém. Não há muito o que se assustar a minoria é quase imperceptível. Creio que na sua época era mais ou menos por ai também, só existia mais cautela hahahaha.

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  10. Eu sou MUITO fã de música eletrônica. Fui uma vez nesta casa noturna e a única coisa que eu não gostei foi isso. O preço abusivo é um fato, eu mesmo já paguei conta que depois fiquei pensando se era aquilo mesmo. Mas depois de pensar, vi que era aquilo mesmo, pois a cerveja é 14 reais, e as outras bebidas alcólicas tudo pra cima de 20 que eu me lembre, não sei... Eu lembro que tomei umas 8 cervejas e 2 ou 3 bebidas um pouco mais caras, achei muito caro a conta, mas o preço estava ali. Não concordo com os brutamontes seguranças da balada, mas é completamente possível uma pessoa gastar 300 reais em duas horas, logo é possível 2 pessoas gastar 600... Os seguranças podiam estar com razão mas a perderam assim que partiram pra violência, mas acho que não tinham santos ali... A primeira vez que eu fui na casa também achei que tinham me 'roubado', mas não é isso, as coisas lá são MUITO caras... Não tiro a razão do seu amigo devido à violência atribuída a ele, mas eu repito: é normal pessoas gastar 300 reais em duas horas lá, lembrando que eles cobram 10% de serviço, então desses 600 ele consumiu 540... Sei lá, posso estar errado quanto a isso, mas concordo plenamente com você sobre os seguranças, parece que estão ali esperando para atacar... kkkkkkk belo texto =))

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    1. Olá Matheus.
      Você tem razão. É muito possível duas pessoas gastarem R$ 600,00 em duas horas. Tomando whisky, por exemplo. Vi opções no cardápio de R$ 780,00. Agora, tomando cerveja? Só se tomassem uma a cada 6 minutos......Então, acredito na cobrança "extra" na conta deles sim. E no testemunho de outras pessoas, que na mesma noite, reclamaram da mesma coisa e ainda nos posts no Facebook onde muita gente reclama do abuso.
      Obrigada pela comentário.

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  11. Não temos o direito de ferir, de DENEGRIR, de caluniar, de ofender... Não temos igualmente o direito de matar, de roubar (bens, dignidade, oportunidades, paz, etc), de interferir na vida alheia, de impor ideias ou padrões que julgamos corretos.
    Entendamos que as criaturas são livres, desejam ser respeitadas, assim como queremos ser...
    Poderemos, é claro, sugerir, aconselhar (se formos solicitados), auxiliar no que for possível, mas jamais violentar as consciências. Todas merecem respeito.
    Julgar pessoas pelas roupas que vestem ou por um erro de português, se contradizer dizendo que ouviu relatos, e depois dizer que estava lá, é o ápice da sua ignorância. Ainda mais por não tentar entender o modo de vista dos outros e ainda assim, ironizar os comentários, se promovendo, achando o máximo à repercussão de um assunto que nem aconteceu com a Senhora.
    O garoto decente e pobre coitado que apanhou por não querer pagar a conta e tem uma amiga que trabalha na mídia. Não podermos subestimar o poder da influência da mídia na vida das pessoas, também não podemos ignorar a importância deste caso seja utilizada de forma mais ética e consciente. Quero dizer que o poder que os veículos de comunicação têm para mobilizar as pessoas é muito grande e pode ser usado para o bem ou para o mal. Campanhas de doação de sangue, de vacinação, de incentivo à reciclagem, para economizar água, pela paz, para ajudar pessoas, e muitas outras, quando divulgadas e incentivadas pela mídia ganham proporções enormes e trazem resultados muito além do esperado.
    Os meios de comunicação em massa devem contribuir para a valorização da diversidade cultural, no acesso à informação, entre outros. Esta deveria ser sua função primordial.

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    1. Senhor ANONIMO,
      Temos o direito a expressão. Não estou denegrindo, caluniando e muito menos ofendendo ninguém. O senhor viu algum nome no texto acima (tirando claro, o da cantora e do amigo que me acompanhava) ???
      Entendo que as criaturas são livres e querem ser respeitadas. EU TAMBÉM.
      Não estou aconselhando, nem sugerindo nada. O Blog é MEU, é MINHA opinião, é MINHA forma de ver as coisas. Se não o agrada, não leia. Simples assim.
      Não fui contraditória, LEIA o texto sem procurar pontos que o desqualifique e entenderá. Não há contradição no que escrevi e se o senhor acha isso, talvez a ignorância não seja minha.
      Caro senhor anonimo, o rapaz que apanhou, está longe de ser um "pobre coitado" e para sua informação, ele PAGOU a conta, mesmo errada.
      Não tenho um veículo de comunicação. Tenho um blog onde escrevo histórias e emito opiniões.
      Gostaria de sugerir ao senhor, que me parece tão preocupado com a divulgação de boas campanhas à população, que se importasse menos com o que escrevi e mais com o que aconteceu dentro da boate.
      Agressão NUNCA é e JAMAIS será válida !!!
      Faça uma campanha promovendo a PAZ, o RESPEITO e a TOLERÂNCIA entre as pessoas. Só uma sugestão: Caso resolva fazê-la, assine, terá muito mais credibilidade.

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  12. Os comentarios são tipicos da nossa hipocrisia...Parece ate o caso da jornalista e o menino do poste.

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  13. Vai quem quer.
    O preço esta no cardapio, portanto compra quem quer.
    Caro ou barato é definido pelo tamanho do bolso de cada um.
    Valet caro? Deixe seu carro na rua e longe, facil.
    Se apanhou nao foi atoa, alguma aprontou.
    Periguetes? Elas nao tem culpa que vc é velha.
    Nao gosta da musica? Tem baile da saudade minha SENHORA.
    Resumindo: o problema nao é o lugar, é voce.

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    1. Senhor ANÔNIMO,
      Tem razão em absolutamente TUDO o que disse, exceto sobre o APANHAR. Ninguém tem direito a agredir ninguém. Principalmente, tratando-se de um segurança.

      Sou velha mesmo, faço 50 anos daqui 15 dias e vou te dizer uma coisa: Tomara que você, homem ou mulher (já que não teve coragem de assinar o comentário, não sei como me referir) tenha, na minha idade 1/2 do meu discernimento, 1/3 da minha sabedoria, 1/4 da minha disposição e 1/5 da minha beleza !!!!!!!!!

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  14. O texto é gostoso, flui, me coloca dentro da boate e me faz testemunha da noite descrita. Isso por si só, basta. Cumpre sua função. Ficção ou não, é um ótimo texto. Como conheço a autora há vááááááááááários carnavais, sei que não se trata de ficção (ela não ia perder tempo para inventar algo tão grotesco). Portanto, anônimos ou não, que duvidam das palavras bem escritas, desistam.

    Fomos na inauguração da boate. Casa espetacular, linda, infraestrutura de primeira, e logo na noite da inauguração o ar-condicionado não funcionou. A feste ficou mesmo na calçada. Entramos na boate apenas para um rolezinho e tivemos que sair, já molhados de suor.

    Não voltamos mais e, depois dessa, não pretendemos voltar. Até porque, por menos razão que o cliente tenha, ele tem sempre razão. Seguranças não têm procuração para desacatar quem quer que seja, pelo contrário, para garantir a integridade física do espaço e das pessoas que por ali, em sua maioria e em última análise, resolvem mostrar que são novos ricos e esbanjam arrogância típica da elite local em forma de cifrões fora dos padrões. Enfim, o mundo ainda é livre e quem quiser gasta o que tem onde quer que seja. Eu pelo menos ajo assim...

    O que não dá é pra aguentar o desaforo de brutamontes uniformizados partindo pra porrada e achar que isso é normal.

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  15. O texto começou bem, mas em alguns pontos revelou argumentos fracos, aos quais recorrem a maior parte das pessoas que escrevem para um tipo de público. "O Figurino merece comentário a parte: Que diabo é isso que 80% das meninas, magras ou não, malhadas ou não, bonitas ou não, estão usando como saia? Segundo me disseram, o nome é “Bandagem”, mas não difere nada das tais sainhas de cotton vendidas nas lojas da baixada por R$ 10,99. E não fica por aí, os outros 15% preferem roupa de mulher fruta e os 5% restantes, parecem ter fugido de um colégio de freiras às pressas durante a madrugada" - que raio é esse de "ei, você pertence ao senso comum, vem aqui ouvir o que eu acho sobre a maneira que você se veste"? Seu texto estaria bem mais rico se estivesse livre dos "julgamentos" lastreados unicamente na imagem das pessoas - que, inclusive, nem te conhecem. Ainda que se trate de uma análise puramente subjetiva, certo é que não está isenta totalmente da "massificação" de um comportamento, como se existisse forma e modo certo de se vestir. No mais, concordo em muitos aspectos descritos em seu texto - o qual revela uma experiência ruim em razão de outros acontecimentos que ganharam destaque em seu decorrer. No entanto, seria melhor que se mantivesse nessa análise, longe de comentários do tipo "eu não pertenço a essa massa".

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    1. Cara Livia,

      Meu texto não pretende ser rico ou pobre. Não pretende ter argumentos fortes, até porque não estou defendendo nem acusando nada, nem ninguém.
      Estou apenas expressando MINHAS impressões sobre uma noite.
      Escrevo sem pretensão.
      Escrevo com emoção e de verdade? Não faço análise "psicopedagógicascomportamentais".

      Agora, você escreve bonito, viu!!!
      Parabéns!!!!!!
      Quando crescer quero ser assim...
      Beijocas.

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