Sobre o Conteúdo do Blog

Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Entrevistando uma doméstica !!!

Parece ficção... as vezes não é !


Todo mundo sabe das minhas queixas sobre a serviçal aqui de casa. Tem até a turma de defensores dos “frascos e comprimidos” que insistem em achar que a pobre tem razão, mas isso é outra história.
Hoje, segundona braba, dia seguinte ao meu aniversário ela não apareceu.
- Eu já sabia!
Comecei a cogitar a ideia de trocá-la mas me lembrei de uma história que aconteceu com uma amiga de São Paulo:
Depois de alguns meses desesperadores sem empregada, resolveu colocar um anúncio no jornal a procura de uma que atendesse suas necessidades - básicas, de verdade.
Duas semanas e dez entrevistas depois apareceu a pérola:

- Você tem experiência em casa de família?
- Ô se tenho. Trabalho tem mais de 20 anos.
- Cozinha ?
- Ahh cozinho, um arroz, um feijãozinho, uma mistura. Agora! se for muito “igigenti” não faço não!
- Lava roupa?
- Tem máquina? Se tiver eu lavo. Mas cueca e calcinha não lavo não. 
- Passa?
- O ferro é a vapor? Se for eu passo sim, mas tem que ser roupa fácil. Camisa não passo não!
- Limpar a casa você limpa, né? - disse minha já sem paciência amiga.
- A senhora tem aspirador de pó? Porque sou alérgica com pó, sabe? Ahh , a senhora tem essa cachorrim aqui, né? disse apontando pra Mila, uma pinscher super de boa que a olhava com estranheza. Não limpo sujeira dele não.
   Dona Elisa, a senhora tem criança?
- Criança não, os meus filhos já são adolescentes, 12 e 15 anos?
- DOIS? Tudo muleque???
- Não, casal.
- Ahh, sei, sim senhora! Mas se for malcriado não levo desaforo pra casa, viu? Nem fico "ajuntando" as bagunça deles não 
- Tá certo!  Me diz qual sua expectativa salarial?
- Olha dona Elisa, por menos de dois salários não saio da minha casa não. E mais a condução, né, que é da lei, a senhora sabe.
- Tudo bem, isso não é problema. Só um detalhe: você toca piano?
- Piano, como assim, piano? Não toco não senhora.
- Ahh que pena. Aqui em casa a gente só come ao som de um piano bem tocado!!!
   Vou ter que continuar procurando.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mais uma de português - ou o dia que resolvi deixar o politicamente correto de lado.



Praia - Club Med Itaparica - Salvador ao fundo.


Certamente alguns vão me achar politicamente incorreta, mas hoje – especialmente hoje – estou vivendo aquele momento: perco o amigo, mas não perco a piada.
Zé Simão, sábio articulista da Folha de São Paulo tem uma frase sobre nossos irmãos lusos com a qual concordo plenamente: Português não é Burro, português é Básico. Mário Prata, também tem a mesma opinião.
A lógica deles é um tantin diferente da nossa e é nisso que se baseiam todas as piadas e histórias contadas que os tem como protagonistas.
A que vou contar aqui aconteceu comigo, no Club Med de Itaparica há “uns par” de anos.
Estávamos Vânia e eu na praia. Primeiro dia, primeira gafe !! Nada mais brega do que praia quando se trata de Club Med. “In” é ficar na piscina. Mas eu, na minha arrogância dizia:

- Piscina tenho em casa, quero ver o mar, a areia...

Deitadas nas espreguiçadeiras tomávamos caipirinha de saquê e kiwi quando ele surgiu. Surgiu do nada, correndo e aterrizando entre as duas cadeiras de joelhos. Vestia short xadrez de cinza e azul.
Ahh - alguns de vocês dirão -  ficou impressionada com o moço. E eu responderei: Nãoooo, minha gente, é que o moço ficou com o mesmo short durante os 8 dias que estivemos lá. Impossível não lembrar.
Puxou assunto falando do vento que era super forte e em menos de três minutos já tinha praticamente contado a vida.
Ao longe, deitado numa esteira, daquelas que só via na Praia do Zé Menino em Santos, estava o irmão. Humor sensacional, simpatia impar (ironicamente falando). Se tinha boca, provavelmente estava escondida sob o bigode volumoso e mal cuidado. Vez ou outra olhava em nossa direção enquanto o luso empolgado dizia:

- Ahhh somos de Leisssboa, eu e meurmáo. Ele é casado lá e deixou dois putos bem pequeninos. Pá, estava deprimido Pá, porque nossa mãe morreu Pá, e dipois nosso pae morreu, Pá e ai viemos cá ao Brasil Pá... e ...Pá... e Pá.......
E emendou: Mais a água aqui é muito cara, Pá ! Quatro reais a garrafinha... Pois eu achei uma bica de água freisca e de procedência. Não pago mais água. Vou lá, levo as garrafas e encho, PÁ! Se as meninas quiserem levo pra conhecer.

E a gente, tonta de tanto pá, aceitou a oferta.

O Clube, pra quem não conhece, é todo construído em palafitas, o que liga os quartos são passarelas.
Da janela do nosso quarto, me lembrava de ter visto um prédio maior que os outros, que tapava a visão do que eu imaginava ser uma mata perto da praia.
Quando ele disse bica, imaginei aquelas biquinhas de água fresca, brotando das pedras. Fiquei animada:

- Nossa Van, deve ser atrás daquele prédio que falaram que tem o salão de jogos! Dá pra ver umas árvores atrás dele.

2 horas e 500 Pás depois, resolvemos ir até o quarto tomar um banho e almoçar. Despedimos-nos de nosso incansável amigo – ele falou sem parar – e levantamos.
Ele mais que depressa:
- As meninas não querem conhecer a bica?
Olhamos uma pra cara da outra e concordamos.


Ele ia de guia a nossa frente. Subimos, passamos pelas piscinas, atravessamos a entrada do restaurante, o jardim. Passamos em frente à recepção, outro jardim e passarelas, passarelas, passarelas. Abaixo delas aquela água verde escura, pouco convidativa, muitas plantas, alguns peixes estranhos.
Passamos a entrada do nosso quarto e seguíamos pelo último trecho de passarelas antes do prédio grande quando bruscamente ele parou. Parou e agarrou um bebedouro, simmmm um bebedouro, desses de escola. Olhei pra Vânia sem entender e ele disparou:

- Cá está a bica. Olha que coisa impressionante, esse butáaooo você aperta e bebe a água direto na boca, esse outro você enche as garrafinhas. E garanto que essa água aqui, nada tem a ver com a água vêeerrrrde aí de baixo. Essa é freisca e de procedência.

Não preciso dizer que fiquei uns dois dias com as bochechas doendo de tanto que mordi pra não rir, né?
O coitado cheio de boa vontade ainda protagonizou outra cena que ainda nos faz rir quando lembramos:
Numa das noites, estamos indo em direção a boate e encontramos nosso amigo do short xadrez, desta vez com havaianas nos pés. Mais que depressa lá vem ele:

- Menina Christiane, estás esplendorosa !!!  Aceitas uma pastilha elástica ???? Sacando rapidamente do bolso um pacote de chicletes.

Conhecia rabo da bicha (fim da fila), cacetinho (filãozinho –pão), cu (bunda), olho do cu (cu), durex (camisinha) , Fita-Cola (durex) mas juro, que a bica/bebedouro, com água de procedência,  me pegou totalmente desprevenida, PÁ !!!



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Se a Débora QUER que o Grégori PEQUE, e outras pérolas musicais.


Vanusa em momento King Kong - foto super "chupada" do Google.

Desde bem pequena amo música e canto. Meu pai, nas viagens de carro, entre São Paulo e Pontal sempre me dizia:
- Christiane (sinal de seriedade na conversa), se você soubesse as matérias da escola como sabe as letras das músicas só tiraria 10.
Isso porque eu fazia os 320 km cantando na orelha dele, sentada bem na pontinha do banco de trás com os braços apoiados no encosto dos bancos da frente.
E era assim mesmo, aliás, é até hoje. Entro no carro, ligo o rádio antes do motor. Entro na cozinha: rádio. Chego à agência, rádio online no computador. No meu quarto: Canal 300 na Net, com aquela variedade maravilhosa de gêneros. Ainda bem que meu marido gosta tanto quanto eu.
Não, mentira !!! Pouca gente gosta de música tanto quanto eu.
Pensando nisso, ontem a noite, me lembrei das músicas que durante tanto tempo cantei com propriedade e depois descobri que a letra estava errada.
Acho que são pelo menos três os motivos que fazem a gente cantar errado: Falta de vocabulário – explico: O cara canta, a gente não tem ideia do significa, o cérebro rejeita o que não conhece, você automaticamente busca uma palavra conhecida que se encaixe a letra (faça sentido ou não) e solta a voz. A segunda é mais ou menos a mesma coisa, mas com as línguas estrangeiras e a terceira é a péssima dicção do cantor.
De qualquer forma, ainda hoje me surpreendo descobrindo coisas que canto errado e me divirto muito com isso porque penso:
- Se a Vanussa pode, porque eu não???? Né??
“Gigante pela própria natureeeeee eza, és forte, és belo, és risooooonnnnn innho “
King Kong de lado, muita gente comete deslizes, alguns mega clássicos como:

 “ Trocando de biquíni sem parar” como “tocando B.B. King sem parar” ou “Sobe e Desce na areia” no lugar de “Top Less na areia”.

Minha irmã, Thati - 14 anos mais nova que eu -  no alto dos seus 5 anos, herdou o hábito de colocar o rostinho entre os bancos do carro e cantar nas orelhas de quem estivesse dirigindo. E lá ia minha pretinha  cheia de entusiasmo:

- Ohhh macumbera, Ohhhh macumbeeraaaaa......  como refrão da música Smooth Operator da Sade. Não consigo entender de onde ela tirou isso, mas também não consigo deixar de rir quando me lembro.

Sempre cantei: “Sempre estaaaarrr lá, e ver ele voltaarrrrrr”. Há pouco tempo soube que é “Sempre estar lá, viver, voltar”.
Tem uns dois meses que descobri que é “Rapte-me Camaleoa, adapte-me ao seu ne me quitte pas”.
Eu jurava que era alguma coisa do tipo “Rapte-me Camaleoa, adapte-me ao seu berenipetá (tipo, alguma palavra do dialeto iorubá).
“Mas você que é mal passado e que não vê”  - o cara era um bife?
“Que sonnnnha, com a volta do irmão doentiu” – tadinho, nessa hora Henfil rola no túmulo.
E o “Abajur cor de carne, um lençol azul” da Menina Veneno? Devia ser primo do cara mal passado. (infame sorry)

Tem música até mandar parar.

Mas a “hors concours” (allconcur para muitos) é  Bijuterias do João Bosco.
Os menores de 40 dificilmente vão se lembrar da música que foi tema de abertura da novela O Astro em 1978, mas tá ai o vídeo e o desafio:

- O que é que ele fala no final da música e o que significa ??? 





Resposta no próximo post.
Have Fun !!

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