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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sempre tem um FILHODAPUTA 2 !!!




Capítulo 02

O pintor do mal era diretor comercial de um Jornal do ABC paulista. Fez escola. Sei de histórias dos filhotes criados por ele que são de arrepiar. Um ponto positivo: reencontrar meu amigo Adão Casares que visionário, logo percebeu quem era o dito cujo e picou a mula. Picou a mula e alguns meses depois me chamou pra trabalhar com ele na rádio Machete FM. Ohh tempo bom! Aliás trabalhar com rádio é muito gostoso. Foi uma época de muito papo, muito whisky, muito samba e pouca grana. Patrãozinho mão de vaca era aquele Bloch. Mesmo com todas as delícias, lá também tinha um filhodaputa. Um filhote que respondia a outro maior, mas como nesse caso ambos iam com a minha cara, fui salva !!!! Salva mas não imune ao bipolar do patrão que ano depois mandou a equipe inteira embora. Precisava de renovação. A gente também !!! Saímos todos rumo ao Diário Popular. 60% da equipe foi contratada por um fofo chamado Jaime que tinha como diretor o Serginho. Lugar estranho, com gente esquisita, mas grana boa. Boa não, ótima. Ganhava em dólar. Nessa época conheci todos os importantes diretores de marketing das montadoras, bancos e grandes indústrias. Foi uma escola. Até que o Sr. Orestes Quércia foi desmascarado pela Revista Veja e resolveu por fim em alguns dos seus negócios. Impossibilitado de fechar o Diário Popular, a Revista Visão e a Rádio Antena 1 foi aos poucos cortando pessoal.  O primeiro a dançar foi o diretor comercial de coluna larga, Serginho – querido da gente! Assumiu o lugar ele: o filhodaputa. Revoltada a galera passou a chamado-lo de “Escariotes” – singela homenagem baseado no traidor mor da história da humanidade. O cara parecia o Sid da Era do Gelo. O Sid vesgo e mal vestido. Andava pelos corredores do Jornal com ares de dono. Chamava um a um em sua sala e praticava o melhor do assédio moral – naquela época não sabíamos que isso existia. Mesmo assim fui chamada pelo gerente com o anúncio de uma promoção. Recém casada fiquei muito feliz. Mais dólares me aguardavam. A alegria durou pouco. Uma semana depois, eu, o gerente e o resto da equipe estávamos demitidos. Para o desespero do filhodaputa acabei voltando 10 dias depois. Estava grávida e ele não podia ter me mandado embora. O que eu imaginava ser uma doce vingança acabou um pesadelo sem fim. Inconformado Judas me deu duas ordens: Estava proibida de atender meus clientes e pior: estava proibida de falar ao telefone. Tudo vigiado bem de perto pela secretária brucutu contratada por ele. Quatro meses e duzentas licenças médicas depois consegui sair daquele inferno.
Durante dois anos trabalhei por conta própria. Vendia perfume, lingerie, bijuterias feitas por mim, e até no meu momento autônoma, me deparei com a filhadaputa. Aquela do tipo gananciosa e mesquinha. Dessa me livrei facinho facinho, sem perdas financeiras, só emocionais.
O ano 1994. Resolvo sair de São Paulo. Faço uma ligação, depois outra e sem muito esforço acabo contratada para gerenciar uma emissora de rádio daqui de Ribeirão. Tinha paixão pela rádio. Tinha admiração pelo proprietário.
Tinha uma quadrilha de filhosdaputa. De todo tipo: vantaginha, puxa saco, puxa tapete, malandro, fofoqueira, incompetente. A maior concentração de filhodaputa por metro quadrado já vista. Eu que me achava escoladíssima no assunto –afinal já tinha lidado com filhosdaputa de vários tipos – me vi em total desespero. Também, convenhamos, os filhosdaputa até então eram de gabarito, tinham berço, tinham formação. Agora filhodaputa de quinta ? Ahh isso era novo pra mim.
Acabei pós-graduada, sem imaginar que ainda acabaria com Pós Doc no assunto !
Três anos, alguns desafetos e gastrites depois arrumei um emprego do qual sinto saudade. Foram seis anos no paraíso. Patrão maravilhoso, diretoria ótima – tinha um pseudo filhodaputa nela, mas o patrão não dava ouvidos a ele – colegas mega simpáticos. E ainda por cima  eu era a chefe aqui. Eu mandava, fazia do meu jeito. E melhor: era respeitada, era valorizada, era querida. Éramos uma família. Fazíamos churrascos no final da tarde no escritório, cantávamos, ríamos e chorávamos sempre juntos. Salário bom, ambiente delicioso, patrão com nível de exigência alto, mas possível de se cumprir. Cursos, festas, workshops, palestras, festivais. A empresa proporcionava o que tinha de melhor. A diretoria nos ouvia, aceitava nossas sugestões, nos dava liberdade de ação. Foi nessa época que vivi emoções intensas na minha pessoal. Me separei, me apaixonei de novo, me decepcionei, adoeci e me curei. Sempre apoiada, segura, feliz!
Um dia, o dono, desgostoso com a falta de interesse dos filhos pelo negócio, resolveu vender a empresa. Foi ai que chegaram os filhosdaputa. Mas não quaisquer filhosdaputa. Filhosdaputa estrangeiros, gananciosos. Insuportáveis! Um ano. Esse foi o prazo que durou minha relação com eles. Em julho de 2001 eles vieram a Ribeirão e encerram as atividades da empresa aqui. Vieram representados pelo próprio demônio vestido de Prada! Fomos humilhados, eu e meus funcionários. Tratados como ladrões. Precisei contratar advogado para receber os últimos meses trabalhados. Do paraíso ao purgatório em 7 anos.
Nossa, ainda tem 10 anos de história e de filhosdaputa.

Senta que lá vem história!!!

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