Sobre o Conteúdo do Blog

Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



sexta-feira, 29 de março de 2013

Malhando o Judas.


Cena do filme A última tentação de Cristo 


Sempre achei curiosa essa coisa das datas comemorativas da Igreja Católica. Por exemplo: Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro e morreu? Depende do ano, do carnaval, da quarta-feira de cinzas, do domingo de ramos... Depende de fazer conta. Esse ano morreu hoje, 29 de Março, ano passado foi em 06 de Abril.

Mais curioso ainda é o espírito, muitas vezes de porco – é verdade, que se instala nas almas pseudo cristãs. Todo mundo tem uma “reflexão” a fazer, um conselho pra dar, um desejo de que as pessoas melhorem. Mas veja bem: “pessoas”, não inclui necessariamente aquela que está desejando. Afinal, né gente, os outros sempre precisam mudar. A gente não!

As telas da TV se enchem de imagens do Cristo crucificado e as timelines de mensagens que parecem uma ameaça: “Você sempre quis alguém que morresse de amor por você, Ele morreu!” e tá lá o coitado do cara  pregado na cruz. Vichi. Desculpa ai. 

Atores esperam o ano todo para, nesse dia, viver a tormenta do salvador. Senhoras choram durante a via- crúcis  na esperança de que seus pecados sejam perdoados naquele momento. Depois saem de lá e sentam em cadeiras na calçada para falar mal da vida alheia.

Não sou católica apesar de batizada e crismada. Não sou espírita apesar de acreditar em reencarnação, não sou evangélica e desses aí não carrego nada. Também não sou ateia nem agnóstica. Creio e isso me basta.
Penso em Jesus Cristo como um homem da história da humanidade que teve destaque. Mais político que religioso. Alguém esperto, grande marqueteiro. Não acredito nas palavras da bíblia. Ninguém na face da terra teve, tem ou terá memória  para escrever com precisão 70 anos depois dos fatos ocorridos. E depois, a quantidade de alterações sofridas ao longo desses 1943 anos de acordo com a conveniência de cada papa é de tirar a fé de qualquer um.

Textos elaboradíssimos falam da necessidade de se amar o Cristo e viver sob seu exemplo, criticando sem dó aqueles que não pensam ou agem assim. Certamente essas palavras são escritas com total influência do Alzheimer porque não é possível tamanha cara de pau.
E mais, queria saber de onde tiraram essa história de que o coitado morreu por nós. Ele morreu porque tiveram medo de perder o poder para alguém mais sedutor e persuasivo. Só isso! Morreu porque naquela época era assim que as coisas eram conduzidas. Dizer que morreu para perdoar os pecados do mundo é tão sem sentido. Inclusive é só dar uma olhadinha em volta e ver o tanto que funcionou !

Enfim, o bom disso tudo é comer bacalhau, encontrar a família e dar muita risada. O resto é comércio, manipulação de massa e blablabla.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Não quero ser Grossa com você !!!



Não sou exatamente um modelo de delicadeza. Aliás, nunca fui. A vida toda ouvi minha mãe dizendo:
-“Nossa Christiane, você precisa ser mais delicada”.
E meu pai, que tinha menos tolerância:
- “Você é truculenta, Christiane”.
Sempre fui de falar meio alto , rir muito alto, pisar pesado, ter pouca paciência. Na adolescência então, era quase um Ogro. A maturidade me deixou menos pior, mas ainda assim não tenho nada de Lady Di, aliás graças a Deus, porque ohh coisinha sem vida, né? Ops!
A primeira e única vez que ouvi uma pessoa dizer num amigo secreto:
- “Ela é uma pessoa delicada”, olhei pra trás procurando de quem ela estava falando.
Naquele dia cheguei até a achar que havia esperança pra mim. Sei lá, sabe acho que posso ser, digamos: fofa!
Ontem completei incríveis 49 anos. Vichi !!! Ano que vem faço questão de estrear em “Cinquentinhas” rs
Enfim, recebi várias mensagens, sms’s, telefonemas, publicação em revista de mega circulação na city e uma homenagem num programa de televisão aqui do fazendão.
E foi nesse programa, O Holofote – Canal 20 da Net, que meu querido Kiko Magrini me fez lembrar de uma história que virou piada interna:
Em 2003 produzia um programa na TV Thati que exigia de mim além de um enorme preparo físico, uma grande dose de paciência.
Era um programa de calouros e a falta de equipamentos da emissora me fazia correr pelo corredor entre o estúdio e a suíte dezenas de vezes a cada sábado.
Certa vez, numa final da competição, o estúdio estava lotado de gente – precisamos montar um telão fora para atender todos os espectadores – e eu pedi para deixarem um corredor de acesso entre as cadeiras para que eu pudesse ir mais rápido de um lugar ao outro.
Aos poucos, porém,  o corredor foi tomado por pessoas sentadas no chão e eu tinha que pular por cima delas para alcançar meu objetivo. Isso com o programa ao vivo, rolando...
Pedi umas três vezes para liberarem o espaço e o coitado do Kiko pagava o pato, porque era dele que eu cobrava a providência.
Lá pelas tantas, de saco absolutamente cheio eu parei no meio da plateia e falei:
- Eu não quero ser GROOOOOSSSSA com vocês, mas, por favor, liberem esse espaço AGORAAAAA !!!
Conclusão, a apresentadora do programa até hoje quando fala de mim pras pessoas diz:
- A Chris é muito rígida quando trabalha – forma delicada dela de dizer que sou grossa!!!
E, claro, virei piada do Kiko que todas as vezes que me encontra diz:
- Chris Carolo, eu não quero ser grooossso com você, mas....
Sempre caímos na risada. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

2012 e os 12 kilos que se foram.


Em 2012 eliminei 12 kilos que me perturbavam corpo e mente. Foi um processo demorado, acompanhado de perto por algumas pessoas que me apoiaram e por outras que me invejaram a determinação e vontade.
Ao primeiro grupo minha gratidão e reconhecimento de que foram tempos difíceis de me aguentar, às outras meu conselho: Procurem sua turma!!! (maneira mais simpática de dizer: Vão pro inferno e abracem o capeta).
Um balanço anual normalmente começa com outro texto: “Foi um ano de tristezas e alegrias”. É, foi mesmo. Igualzinho aos 48 anteriores que vivi. Alguns mais felizes que outros, é verdade. Mas no fim, o balanço é sempre igual. Os deprimidos dão ênfase às desgraças, os naturalmente felizes como eu, valorizam o que aconteceu de melhor e mais, entendem o ruim como bom também.
Não levantei bandeiras e isso talvez me custe muito. Não compactuei com a mesmice e a mediocridade e isso já me custou muito.
Abri mão de pessoas quando decidi não mais chamar de “amigo” os que apenas sentam comigo para uma cerveja – ou um saquê, em épocas de dieta – e me agridem verbalmente e virtualmente por ter, por exemplo, um pensamento ou um time diferente. Seria injusto com os meus amigos de fato. Aliás, descobri esse ano que tenho amigos para os dedos de uma mão. E se bobear, pode ser até a esquerda do Lula.
Percebi que na hora da dor o apoio vem. No meu caso, atende pelo nome de Érica. Obrigada querida, você tem sido anjo.
Hoje, 28 de dezembro – aniversário da minha mãe, por sinal – sinto em meu peito uma ligeira falta de ar resultado de uma ansiedade que me move há alguns dias. Tudo bem! é motivadora não paralisante. Diria até que é questionadora e isso combina super com balanços de final de ano.
2012 ficará marcado por descobertas internas importantes e pela quebra de crenças, mas antes de tudo, quando me lembrar “do ano em que o mundo acabou” vou pensar que foi nele que ganhei um dos presentes mais deliciosos da minha vida: O Be!
Em 2012 o meu mundo acabou mesmo um pouquinho, mas estou descobrindo que foi legal ter feito um estoque de comida porque tá sendo possível reconstruir e a ideia é que ele seja reforçado o suficiente para que não acabe de novo, pelo menos não da mesma maneira.
As pessoas falam de nova fase energética, imagino que seja uma coisa meio Red Bull, onde teremos asas para alcançar outras esferas. Cheguei a cogitar fazer um plano de voo, mas como minha expectativa para 2013 é não criar expectativas agirei à maneira “Zeca Pagodinho”.

FELIZ NOVO ANO. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Covardia





                             “A covardia é a mãe da crueldade” - Montaigne.


Que bom seria se a covardia de alguns se limitasse a falta de coragem de agir. Aceitável seria se representasse apenas o medo diante de determinada situação.

Infelizmente, Montaigne tem razão. A covardia desperta o que há de pior na alma humana. E tenho a sensação de que acontece em etapas.
Uma simpatia forçada que é desmascarada pela hipocrisia nas palavras associada à incoerência dos atos. A subserviência, que por si só é nojenta, inaceitável. A crueldade na sua última instância. Última, não única – que fique claro.

O ser covarde é incapaz de raciocínio claro e isento de questões emocionais. Leva absolutamente tudo para o lado pessoal e sente-se constantemente ameaçado. Vê em tudo um grande complô. Sente-se vitimizado pelo sistema e acaba colocando as etapas: simpatia, subserviência e crueldade em prática.

Conviver com um covarde é incomodo porque nos deixa de mãos atadas. Fazer algo para combatê-lo acaba sendo uma covardia, não fazer também.

Posso afirmar que  é um exercício diário que transita entre a tolerância e a paciência. Saramago me fez pensar sobre o papel da tolerância na sociedade. Essa questão de nos considerarmos superiores quando toleramos o outro, mas nesse caso, exerço esse papel até porque sou sim, superior a esses seres rastejantes.

E quando penso em seres rastejantes, imagino cobras em formato de desenho animado que me remete a outro pensamento: Se conseguíssemos lidar com a situação na base do humor, seria bastante interessante conviver com seres assim. Colocaríamos em prática nossa veia cômica, transformando os covardes naquilo que são em essência: personagens. Daríamos a eles apelidos e passaríamos a nos divertir com aquilo que antes nos provocava gastrite.

É! Talvez essa seja a saída.

Vou pro Google pesquisar um apelido pro meu covarde de plantão. Quem sabe meu próximo post não seja uma história divertida sobre como ele próprio mordeu a maça. 
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