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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Propaganda: medicamento de tarja preta!

Imagine você, sofrendo de diabetes, encontra com um representante de remédios e ele te diz que o laboratório onde ele trabalha tem um medicamento ótimo. Você toma, confiando na informação – afinal ele parece entender tudo sobre o assunto - e depois percebe que o remédio era para hipertensão.Arrependido, você procura um médico. Ele te diz exatamente como controlar a doença, quais as mudanças de comportamento que terá que adotar, pede exames de rotina e finalmente passa um medicamento eficiente.

Agora imagine um empresário, com uma fábrica de absorventes que precisa divulgar o seu negócio e recebe a visita de um contato comercial. Pode ser de uma emissora qualquer: rádio, televisão ou até mesmo jornal. Encantado com os projetos e vantagens apresentados assina um contrato de alguns meses. Vai veicular seu produto e ainda – olha só que vantagem – vai ter criação e produção sem nenhum custo. Inclusos no pacote.

Meses depois, detecta que não vendeu um único absorvente a mais do que vinha vendendo e descobre que aquele veículo tem como público alvo os homens.

Arrependido, chega a uma conclusão: Propaganda não funciona.

Diferente do que acontece com a saúde, a propaganda dificilmente tem uma segunda chance.

Assim como o representante de laboratório – que vende seus medicamentos como os melhores do mercado – o contatos de veículo vendem seu produto como a melhor saída para a divulgação de uma mensagem publicitária.

O mais seguro seria que, entre o representante de medicamentos e o paciente, houvesse um médico e entre o cliente e o veículo uma agência.

O papel da agência de propaganda é muito parecido com o do médico. Diagnosticar, pesquisar, criar situações e rotinas que facilitem a dinâmica da empresa e aí sim “receitar” a melhor forma de divulgação.

Quando o paciente ignora essas etapas e se automedica corre sérios riscos, inclusive de morte. O mesmo acontece com os empresários que fazem propaganda sem um profissional da área.

Quando comerciais são criados sem a preocupação com a marca, com a imagem e principalmente com a realidade do mercado e do cliente as chances de fracasso são imensas. E certamente quem vendeu essa falsa realidade não assume a responsabilidade. Vão afirmar que o problema é do produto oferecido. Comerciais veiculados em emissoras inadequadas ao público alvo são sempre perda de dinheiro e prejuízo para a imagem.

Propaganda é como remédio de tarja preta. Precisa de receita, de estudo de profissionais gabaritados e experientes trabalhando pelo seu produto.

O título desse artigo foi tirado de um bate papo com Bráulio Betônico.

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