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Blog de histórias reais e de ficção.
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sexta-feira, 2 de março de 2012

Diário de Viagem - Capítulo 02


Dia 02 – O dia que vi o espectro de Murphy praticamente materializado ao meu lado !!!!

Saímos do aeroporto passados. Sentamos a espera de uma Van que nos levaria a um Hotel próximo dali. Qualquer hotel, qualquer lugar.
Eram 3h30 da manhã, estávamos vivendo o stress há 13 horas. Uma cama, café da manhã, banho - não necessariamente nessa ordem – era o que precisávamos.
Mônaco foi o escolhido. O melhor? Nãoooo o único que apareceu em 20 minutos de espera.
Bom o hotel, recomendo.
Banho, sono agitado. Depois do café da manhã às 9hs voltamos pro quarto e dormimos até meio dia.
As 13h30 estávamos de volta à van. Sentadinhos, quase nos permitindo um sorriso de alegria, meu marido diz:
- Dá meu RG.
- Não tá comigo.
- Tá sim, deixei com você ontem.
Revirei a bolsa. NADA.
Revirei de novo a bolsa. NADA.
Revirei, revirei, revirei... mais uma vez e a Van chegou ao aeroporto.
Desci tensa.
Entramos e seguimos rumo as cadeiras da Asa A – perto da porta onde a Van parou.
Aliás, se tratando de Cumbica, é bom que lembrem: Cadeira é objeto de luxo. Poucas e mal localizadas.
Jeff procurou o RG em todos os bolsos, na mala dele e pediu minha bolsa:
- Tá ai sim, você não procurou direito.
Sentei ao lado dele, totalmente entregue, já imaginando a tristeza de pagar por uma viagem que não iríamos fazer.
Ele tirou o organizador de bolsas e vasculhou cada pedacinho. Abriu 234 vezes minha carteira, chacoalhou a coitada da bolsa no chão. NADA!
Abri minha mala, tirei as roupas de dentro – consegue imaginar a cena? Abri a bolsa de sapatos, tirei tudo de dentro. NADA!
As lágrimas escorriam discretamente pelos cantos dos meus olhos. Meu marido disse:
- Vou até a Polícia Federal, devo ter esquecido lá, ontem quando fui mostrar o seu RG.
Eram 14h30 e nesse momento juro que vi, um espectro ao meu lado. Provavelmente Murphy rindo da minha desgraça.
Ele voltou 20 minutos depois, pálido! Gelei!!!
- Tá aqui. E mostrou o documento. Agora você não vai acreditar: Não estava na polícia, nem no achados e perdidos. Estava dentro do bolso da camisa.
Murphy tem parceria com duendes. Certeza!
- Amor, vamos agora mesmo, fazer o check in antes que mais alguma coisa desapareça.
Andamos pelos 435 kilometros que separam a ASA A da D e paramos no guichê da companhia.
- Boa tarde, dona Christiane!!
Caí na risada e falei:
- Vichi, fiquei famosa.
Entrei os RGS, os vouchers e o espectro de Murphy perdeu parte da força. Alívio parcial. A fala da supervisora da Qatar ecoava em meu ouvido:
- “ Ela embarca, mas não posso garantir que entre na Argentina” .
Passamos pelas etapas pré-embarque. Eu ainda tensa. Vaique!!
Paramos no free shop. Olhamos, olhamos, olhamos, esbarramos num perfume, caiu no chão, quebrou, olhamos em volta, esperamos alguém vir ao nosso encontro.
- Ai Murphy, seu cretino !! Só me faltava essa. U$280 o preço do cheiroso.  Continuamos na loja por mais 10 minutos e ninguém apareceu.
Tá!! A gente devia ter procurado um vendedor pra pagar pelo perfume. Será? Não tenho certeza se a culpa dele ter caído foi exatamente nossa. Murphy, duendes, má colocação na gôndola. Né?
Saímos, sentamos em frente ao portão de embarque. Portão 06.
Uma hora depois, uma voz:
- Atenção passageiros da Qatar Airwais, com destino a Buenos Aires, embarque alterado para o portão 04.
Descemos. Descemos mesmo. Íamos embarcar pelo finger – aquele túnel que leva a gente direto pra dentro do avião. Acabamos embarcando de ônibus- aquele meio de transporte que fede, nunca cabe todo mundo e chacoalha muito!

A aeronave. 

A aeronave da Qatar é um espetáculo.  Coisa de árabe mesmo, monitores individuais, mais de 200 opções de filmes, muitas opções de programas de TV, jogos, música. Coidilocu.
A empresa só está atrasada com relação a alimentação. Não chegaram ainda na era do amendoim, barrinha de cereal e suco de laranja. Eles ainda servem comida, gente! Juro, com opções no cardápio. Verdade!
E o bicho levantou voo. Assisti Atividade Paranormal 3. Foi a única coisa que me pareceu viável em inglês com legendas em árabe.
Chegamos a Buenos Aires por volta de 23h00 – horário de Brasília. Lá eram 22h00.
Saímos pelo finger, pegamos as malas e seguimos direto para imigração. MEDO!
- “ Ela embarca, mas não posso garantir que entre na Argentina” .  maldita supervisora, maldito Murphy, malditos duendes....
(continua)

Um comentário:

  1. Muito bom... mas continuo apreensiva. Será que essa história teve um final feliz, com vocês dançando um belo tango em Buenos Aires?
    Beijinho.

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