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Blog de histórias reais e de ficção.
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Entre 5ª's - Passeando pela trilha sonora da minha vida! 02

                                                                                                                                                    
parte 02

Lá pelas tantas, comecei a namorar um cara que trabalhava comigo. O mesmo que larguei, praticamente na porta da igreja, 5 anos depois e a música que me leva de volta pro castigo é “Don't Dream It's Over” – Crowded House.

 

De um braço a outro, em pouco mais de um ano estava casada com meu primeiro marido. A cerimônia foi linda, do jeito que a gente queria. Nada de igreja de padre, de promessas que não poderiam ser cumpridas mas cheia de amor, de amigos de música e dança.  A música de entrada foi “As quatro estações de Vivaldi – Primavera”, mais conhecida como "a música do comercial do sabonete Vinólia".  Na saída, Paquito – o músico que apesar do nome, era sensacional, cantou “Juntos”, do Ivan Lins. Foi emocionante !!!


Um ano depois, enquanto Whitney Houston cantava “I Will Always Love You”, eu embala a Marcella, cantarolando uma musiquinha inventada por mim. E ela gostava.

 

Quando mudei para Ribeirão, conheci José Adolfo, dono da Rádio Difusora e foi uma paixão, dessas de amigo. O Zé era um querido, me ajudou muito. Quando ele morreu, 3 anos depois, perdi um pouco do chão. Hoje, quando ouço “Onde você mora” do Cidade Negra, sinto junto o cheiro da lasanha que o Feola fazia na velha cantina da rua São José, onde costumávamos almoçar.

 

Os meus filhos gêmeos, João Pedro e Raphael, nasceram na mesma época em que João Paulo e Daniel estouraram e diante da confusão que faziam com o nome deles, todas as vezes que ouço “Eeee aaaeoooo eoeoeo ooooo” rsrsrs eu lembro dessa época.

 

Depois que me separei, vivi uma época riquíssima em trilhas sonoras. Um amor inesperado, proibido, impossível que me fez viver emoções inesquecíveis. Tony Braxton é a rainha do período, seguida por Celine Dion e Gloria Estefan. A música das músicas é “I Hate then I Love you”. Gravação espetacular da Celine com  Pavarotti.

 

Cantei numa banda pequena, durante 2 ou 3 anos e a música que me faz pegar o microfone é “Corazón Partío” de Alejandro Sanz.


Aí, veio a doença e quando ela chegou minha memória me fez um favor: não registrou nada  “musical” por um ano com exceção da canção que escolhi para raspar os cabelos, num plágio desavergonhado da Carolina Dickeman - ” Love By Grace”.

 

Alguns meses depois, enquanto chacoalhava o esqueleto, no Club Med ao som de “Can´t get you out of my head” descobri outro nódulo no mesmo seio, no mesmo lugar. Oh Shit, here we go, again!!!

 

Junto com o câncer, tive relacionamentos igualmente doentes que graças ao alemão, estão devidamente esquecidos. O alemão trouxe o esquecimento e Santa Terezinha das Rosas a cura. Pena não ter uma música para homenageá-la.

 

Aí,  surgiu um psicopata que me tirou a alegria, a paz e o direito de ir e vir. Durante quatro anos, fragilizada pelo período de tratamento, pela falta de cabelo, pelo excesso de peso, me submeti a um ser horroroso e não me orgulho nem um pouco disso. Enfim passou mas, qualquer música do Legião Urbana é um motivo para trocar a estação do rádio.

 

Depois veio a bonança. Um grande amor, amigo, companheiro. Muitas afinidades, muita cumplicidade, muito carinho – mas nem tudo isso foi capaz de nos manter juntos. Pena! Desses seis anos, carrego boas lembranças, a superação de alguns traumas, muito aprendizado, muitas festas, muito cinema, algumas viagens e a certeza de que foi eterno enquanto durou. Nunca mais ouvirei “Um amor puro” do Djavan sem me emocionar. Acredito que ele também não.

 

Hoje, sozinha, “num intervalo entre duas felicidades” – como diria Vinícius - tenho aprendido muito sobre o assunto mais importante da minha vida: Eu mesma. E tenho a certeza de que muitas outras canções farão parte das histórias que estão por vir.

 

Enquanto isso arrisco um palpite: Amanhã com certeza vai rolar um “Parabéns pra você” e eu, cercada dos que amo, sorrirei feliz e segura de que dias melhores virão!!!

2 comentários:

  1. Lindo texto, como só você sabe fazer. Seus 50 anos foram cheios de emoção, e mais 50 virão repletos de mais emoção, porque vc é pura emoção Chris Carolo. bjs

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  2. Genial Chris!!!!!!! Parabéns pela criatividade. De fato meio século de história faz a gente olhar pra trás, fazer um balanço e continuar em frente, cantando o passado e compondo o futuro. Ronaldo Carolo

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