Sobre o Conteúdo do Blog

Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



domingo, 31 de julho de 2011

Encontros e Despedidas

Ontem, na saída do encontro em Sertãozinho

No início de julho comentei no Facebook e no Twitter que o mês seria de encontros e despedidas. E assim aconteceu.
A primeira despedida aconteceu logo no início do mês. Perdi uma tia muito querida. Tia Lúcia tinha mais de 90 anos e era um daqueles docinhos que surgem na terra bem de vez em quando. Lido razoavelmente com a morte nesses casos. Consigo racionalizar o ciclo da vida. Mas ver meus primos sofrendo pela perda da mãe doeu meu coração. Mesmo que esses primos sejam mais velhos e que eu os veja muito de vez em quando!

Tia Diola (se despediu ano passado) meu pai, Tio Nando, Tio Jacob, Tia Neide e  Tia Lúcia  .

O primeiro encontro foi alguns dias depois. Vários membros da família Carolo se reuniram num almoço delicioso na área reservada do Casa 20. Rimos muito, nos “atualizamos” da vida uns dos outros, tiramos fotos e nos sentimos felizes e acarinhados.
Mais uma semana e outra despedida. Desta vez, totalmente incapaz de dizer adeus, não vi minha irmã partir rumo a uma nova etapa de vida em Ann Arbor. Sei que é maravilhosa a oportunidade, sei que é uma experiência que todo mundo devia ter, mas lido muito mal com esse tipo de coisa. Detesto despedida. Chorei muito, de ficar de olho inchado e confesso que ainda choro um pouquinho quase todo dia de saudade dela.

Marcella, João, Thati, Leandro e Rapha no dia do almoço dos Carolo


No dia que ela foi embora, fui convidada para participar de um programa de TV aqui em Ribeirão chamado “Entre Mulheres” e o assunto era “PERDA”. Precisei de dois kilos de maquiagem e muito controle para gravar.
Ai veio um dia maravilhoso, programado durante quase dois meses por mim, Kátia, Zuleika e André: reunimos num espaço delicioso, em Pontal, 150 pessoas. Amigos de nossa época de adolescentes. Muitos não se viam há 20, 30 anos. Foi um acontecimento. Muito riso e choro emocionado no reencontro. Dançamos, nos divertimos, relembramos e saímos de lá plenos da troca de boa energia.

Parte da turma na Festa em Pontal


A festa ainda é assunto e já planejamos a próxima.
No meio do mês fomos ao encontro dos primos de Lavras Novas em Minas. São na verdade primos do meu marido, mas os adotei e os amo como se fossem meus. Tivemos dias felizes na companhia de pessoas super interessantes, carinhosas e engraçadas. Ajudamos a inaugurar o restaurante da Pousada, conhecemos lugares lindos, tivemos contato com a história daquele lugar. Nos despedidos com tristeza, mas com a certeza de que em poucos meses nos veremos de novo.

A turma de Lavras Novas - MG

Quinta feira passada vivi uma grande emoção quando vi descendo do táxi minha prima Milena. Não nos víamos há 06 anos. Que delícia de abraço. Sentamos, bebemos e papeamos na companhia de alguns amigos e de nosso primo André como se nunca houvéssemos nos separado. Somos assim, quase almas gêmeas.

Luciene, Milena e André - Roberto, eu e Jeff - 5a no Norte e Sul

Ontem tivemos outro grande encontro. Dessa vez a família Pascoal se encontrou numa iniciativa maravilhosa da minha prima Carla. Que alegria!!! Éramos quase 50 tios, primos e agregados reunidos numa deliciosa chácara onde vivi tantos momentos bons. Estar lá já é uma coisa abençoada, porque sinto a presença da minha querida Beth em cada espaço e consigo assim preencher um pouco do vazio que ela deixou em minha vida quando se despediu em Dezembro de 2006.
Família MARIO e CONCEIÇÃO PASCHOAL


Olhar em cada mesa e ver ali os responsáveis por tantas histórias, por tantas emoções. Pessoas que talvez não saibam a importância que tem em nossas vidas. Conhecer os novos membros e torcer pra eles consigam viver pelo menos um tantinho de tudo que vivemos na companhia uns dos outros.
É! Julho foi mesmo um mês de encontros e despedidas.
O saldo? Muito positivo.
O mês em que tive a certeza de que o que vale nessa vida é cultivar a relação de amor e amizade com as pessoas. 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sempre tem um FILHODAPUTA !!! O Final


Capítulo FINAL



Eu disse que precisaria de pelo menos mais dois capítulos pra encerrar a saga dos Filhosdaputa, mas vou acabar nesse aqui mesmo!!!

Passei um tempo trabalhando de free lancer é foi ótimo. Nenhum espécime por perto. Pelo menos não que tivesse me atingido diretamente. Passei por outra emissora de televisão, programa independente que já tava no bico do corvo e acabei saindo rapidinho. Clima péssimo, energia horrorosa. Uma gente amarga, sem berço, sem nenhuma criatividade e se achando a última bolachinha do pacote. Outro Plasil, please!
Ai, surgiu um luz no fim do túnel. Investidor de fora de Ribeirão, político, resolveu comprar horário em emissora de TV. Lá fui eu fazer a produtora! Era ótimo. Me divertia muito, dava até autógrafo.  O que pegava era a bruxa do 71. Putz. Aí sim ! Conheci a pior espécime de filhadaputa de todos os tempos. Aquele tipo dissimulado que mente tanto e convence tanto que a gente se pergunta:  - Será que eu to louca? Será que eu falei mesmo? Será que eu não fiz? E todo tipo de questionamento diante das inúmeras tentativas da bicha de te derrubar. Mas a cretina não queria só derrubar, queria dar um tombo sonoro, daqueles de rachar o piso de mármore. 
Essa era a the best of. A mãe das filhasdaputa. Qualquer outro vira fichinha perto dela. Era capaz de, com simples telefonema colocar fogo na produtora, jogar um contra o outro e chegar depois de ½ hora com cara lavada e extintor na mão. Era de enlouquecer.
A vaca continua na ativa ainda hoje, em outro lugar, com outras vítimas. Mais poderosa que nunca. Mais mentirosa que nunca, mais influente que nunca. Quem sabe, quem conhece, quem foi vítima, se arrepia de pensar. Quem não conviveu não acredita e sai em defesa. Eu tempo fé: O tempo dirá!
Nova proposta, novo trabalho, novos ares e novos filhosdaputa. Lá fui eu trabalhar no antro!! Eram de novo muitos, de todos os tipos e todas as raças de todos os credos de todas as classes sociais. O trabalho era legal e foi um super aprendizado. Foram dois anos de atividade intensa. Foi uma ótima oportunidade de voltar a minha área.
Agora, preciso contar sobre uma filhotedaputa. Digo filhote, porque a coitada não tinha competência nem pra ser FILHA.  Sabe o tipo “filhinha do papai” que precisa mostrar que faz alguma coisa e que a imensidão de dinheiro que tem vem do suor do rosto? Pois é! O problema é que a bicha é burra, minha gente. Passava o dia fingindo que trabalhava. Parecia que tinha sempre um pepinão pra resolver. Entrava e saia da sala a cada 15 minutos como se o mundo estivesse prestes a acabar. Fumava um maço de cigarros por dia – só isso já garantia a ela uma pausa de 200 minutos dia, pelo menos. Adora fazer o estilo “quem manda aqui sou eu”! Pior é que mandava mesmo... era duro de engolir mas divertido demais. Mas demais da conta, messsss....
Marquei três vezes uma cirurgia. Nas duas primeiras vezes avisei com um mês de antecedência. Uma semana depois ela marcava uma viagem internacional e dizia que infelizmente eu não ia poder sair naquela data. Na terceira vez, avisei 5 dias antes... fui demitida!
Demitida, mas feliz e de peito totalmente turbinado em silicone, resolvi trabalhar por minha conta e risco. Tenho eu mesma como minha patroa – e meu marido, mas ele é ótimo. Sou uma mala. Posso ser relapsa quando quero, sou esquecida, Posso ser chata e minuciosa em muitas coisas, tenho TOC, mas não sou filhadaputa. Pelo menos não comigo mesma.
Agora os filhosdaputa, ficam por conta de prestadores de serviço e alguns fregueses. É minha gente, porque tem cliente e tem freguês, né? Mas isso tudo, depois de tanto know how na área, é muito tranqüilo.

Conclusão final dos 04 capítulos: 
É verdade: Sempre tem um filho da puta. SEMPRE !!! MASSSSSSS: A forma como vai te atingir depende muito mais de você do que dele. Isso eu aprendi. 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

CHORA Sueli !!!





Sueli é minha tia querida que mora lá em Salvador. Ela tem a maior fama de chorona. Alias  fama construída com muito talento, muito empenho e muuiiitassssss lágrimas.
Tem um coração imenso e ama tanto todo mundo que chora de alegria nas chegadas e de tristeza nas partidas, de emoção nos casamentos e batizados e de pesar nos funerais. Às vezes chora e ri ao mesmo tempo tentando disfarçar o que não tem como esconder.
Amada incondicionalmente por todos os filhos, irmãos e sobrinhos é daquelas tias que sentimos falta o tempo todo.
Tenho histórias maravilhosas sobre ela, mas a que mais reflete o grau de chororó é essa, do casamento da minha prima Adriana:
Há mais ou menos 25 anos, quando a Dri casou, ter uma câmera de vídeo era coisa pra poucos. Nosso saudoso tio Branco tinha uma e gravou o casório todo.
No dia seguinte – ainda em clima de festejos - resolvemos sair em caravana percorrendo algumas casas da parentada em Pontal para mostrar o vídeo.
A primeira casa que paramos foi de uma prima, a Didi. A fita rodou e lá pelos 5 minutos estávamos todos emocionados revendo as cenas, ouvindo as músicas, sentindo de novo aquela emoção da noite anterior. Claro que a Tia Sueli era a primeira a começar e a última a enxugar as lágrimas mas achamos normal afinal, todos nós estávamos emocionados.
Na segunda casa, a platéia chorosa caiu pela metade, na terceira mais ainda... na quarta casa já conseguíamos identificar e rir das gafes. Na quinta apresentação nem prestávamos mais atenção. Virou a maior festa.
Na sexta casa, lá pela metade do vídeo olhei pra trás (estava sentada no chão) e não acreditei:
- Sueli, cê tá chorando DE NOVO ???  e ela na sua delicadeza de sempre:
- To, minha filha, a tia FICA emocionada !!!
Foi uma risada geral.
Como boa representante da família Paschoal, sempre que posso passo por um momento "CHORA Sueli"

Minha irmã de mudança para Ann Arbor no Michigan marcou um almoço de despedida: a “XONGA” aqui, não conseguiu parar de chorar por 24 horas seguidas. Era uma pessoa que tinha um rosto em dois olhos e não o inverso, que seria o normal. Não consegui sair de casa. Me despedi por telefone – chorando, claro!
Encontro de velhos amigos em Pontal onde conheci pessoalmente a  Mariella, filha de um querido amigo que faleceu há mais de 10 anos. A imagem angelical daquela menina o sorriso tão com jeitinho de Zé Pedro e o carinho com que falou comigo me fizeram cair em pranto. O bafo da tarde !!!
Almoço na casa de nossos queridos amigos Maria Alice e Marcelo. A Má contando sua experiência de fã, quando deu de cara com Chico Buarque no estacionamento do antigo Palace e a reação dele durante o Show – advinha? Chorei...

Chora Sueli é um momento. Momento intenso, cheio de emoção,  delicioso de lembrar. É aquele choro que a gente não consegue conter mas faz um bem danado colocar pra fora.

Eu truco, se ela - a Sueli -  não tá agora,  lá NO Salvador, lendo isso e chorando.
Chora Sueli!! Cê chora daí que eu choro daqui  pensando em você e na saudade que estou sentindo !!!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sempre tem um FILHODAPUTA 3 !!!



Capitulo 03


Segundo Semestre de 2001 e eu perdida sem saber o que fazer profissionalmente. Acabei voltando pra São Paulo para assumir um trabalho que parecia muito legal, indicado por um amigo super sério. Só que emprego era um engodo (juro o cara me contratou e a empresa não existia – e olha que fiz a entrevista no escritório do cara super bem montado na Rua Estados Unidos no Jardins). Coisa de filme de muito mau gosto. Nesse caso o filhodaputa tá implícito !
Numa visita a uma grande amiga, acabei sem querer querendo contratada para fazer uma das coisas que mais amei na vida: Produção artística. Durante quase dois anos convivi com pessoas muito talentosas, conheci bastidores de vários programas de televisão, acompanhei gravação de CD`s, viajei pelo Brasil acompanhando esses artistas divertidíssimos. 
Ai você me pergunta: Cadê o filhodaputa? - Ahh, de todos os lados. De todos os jeitos, de todas as raças, de todos os credos. Uma puxação de tapete impressionante. Quando dizem que o meio artístico é complicado posso atestar: é muuuuito pior!! Ainda assim amava o que fazia e tínhamos a banda A e a banda B da empresa. O filhodaputa mor – rei da banda B- acabou indo logo embora por pressão de uma diretora da banda A. O cara parecia o Carlos Eduardo Dolabella depois da surra. De uma arrogância tal, que PLASIL sentia enjôo perto dele. Durou pouco na produtora, mas sei que continua agindo nos bastidores até hoje. Sorte de filhodaputa. Não estava sozinho. Outro infectava o ambiente. Igualmente feio, igualmente nocivo, igualmente desmascarado pelo banda A. Dessa vez sem muito sucesso. A luz apagou e ele ficou. Hoje, soube que o “pocaprática” tá bancando o diretor artístico de uma emissora de televisão. Nunca conheci engodo maior que ele. Marketing pessoal sensacional e só! Ele tinha um seguidor fiel, mega truculento. Apelidado com nome de estado brasileiro era a própria visão do inferno. Grande, gordo, careca de cabelo comprido- sabe?-, cara de sujo. Só falava gritando, suava em bicas e fazia trambiques via telefone pra quem quisesse ouvir. Hoje dou risada. Na época queria enforcar o filhodaputa.
Ventos e tempestades depois voltei pra Ribeirão. Triste, desempregada e morando com meus pais. A treva! Pra combinar com o cenário trash da minha vida da época, arrumei um namorado de acordo. O mala passava 24 horas por dias me perturbando pra aceitar qualquer oferta. Na época ficou puto quando eu não quis ir trabalhar com Herbalife – simmm ele era fofo, minha gente!.
Entrevistas com frases do tipo: “seu currículo e bom demais pra minha empresa”, “você é muita cara, não posso te pagar” eram as que mais aconteciam. Diante de tanta pressão, acabei aceitando a vaga de contato publicitário numa emissora de TV. Fiquei 40 dias. Tempo suficiente pra identificar o filhodaputa e perceber que o mandaria – com o perdão da palavra – tomar no cú, na próxima vez que fizesse a equipe inteira voltar para a emissora às 3 da tarde pra dar uma notícia mentirosa e humilhar uma colega de trabalho publicamente. 
A experiência depois dessa foi ótima. Voltei a trabalhar como produtora. Produzia e dirigia. Reformulei um programa de TV local, ficou bacana – dentro das possibilidades de pessoal e técnicas e eu tinha o maior prazer em fazê-lo. Claro que tinham os filhosdaputa. Aqueles sem nenhuma qualificação. Como diria meu tio Bananeira (to mega boca suja hoje) “Era muito peido pra pouca bosta”. Um horror. Aquele tipo de filhodaputa incompetente que só sabe falar “hummm Não dá !!”  “Não... aqui não é assim não, bennnnnn” “Ahh isso é complicado, porque tem que ligar a rebimboca da parafuseta...” Só Jesus. Sóooo Jesus.
Mudei de patrão mas continuei no mesmo emprego. É !! Parece estranho mas foi isso mesmo. E aí virei refém do terceiro maior filhodaputa que conheci. O cara veio importado de outro estado. Tinha um sotaque insuportável e se achava o sedutor. Soube de fontes fidedignas que numa ocasião, uma funcionária foi pedir aumento e ele sugeriu um “vinhozinho no apto dela” para falar melhor sobre o assunto. Super enrolado, preguiçoso, mentiroso, arrogante e metido a galã. O Jece Valadão - que deus o tenha- da emissora.
Cheguei à outra conclusão sobre filhosdaputa: Todos eles tem um filhote, um seguidor, um puxa saco. E os filhotes, seguidores, puxa sacos os admiram, cobiçam a sua posição e surpreendentemente são fiéis.
Esse não era diferente. Tinha um filhote no gênero. Nojento!!!
Fato: os dois continuam no messssmo lugar, fazendo a messsma coisa, enganando as messssmas pessoas. E olha que eu sai de lá em 2005. Podem imaginar o que é isso?


That`s all folks!!!

That's all folks NADA vamos precisar de pelo menos mais uns 2 capítulos ainda.
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