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Blog de histórias reais e de ficção.
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Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



domingo, 10 de novembro de 2013

Gente que não escuta.


Nem sei se gramaticalmente falando os verbos  “ouvir” e “escutar”   tem diferentes interpretações. A minha, particular é que o primeiro diz respeito a perceber os sons e o segundo demonstra percepção e entendimento dos mesmos.
Normalmente ouvimos e entendemos o que queremos ou temos  capacidade provocando situações que oscilam entre o cômico e o dramático.

Dentro da dramaticidade: Numa discussão entre casais, por exemplo, nós mulheres temos uma grande capacidade de escutar o que não foi dito. Permeamos as entrelinhas, buscamos significados nas meias palavras e no silêncio. Damos significados aos sons mais insignificantes. Os homens, normalmente mais práticos e com muito menos paciência, se irritam profundamente com isso e o que poderia ser um diálogo enriquecedor para a relação, acaba numa briga idiota e desgastante.

Por outro lado, é bem possível nos divertirmos com isso. Claro que vai exigir uma pequena dose de maldade, mas todos nós temos esse lado, não é mesmo?

Dias desses, minha amiga Vânia – é, ela de novo rs – atendeu o telefone da empresa:

- Megaval, boa noite.
- Oi ! É do moto táxi?
- Não.
- Quem tá falando?
- Vânia.
- Oi Vânia, cê me manda uma moto?

.....

Há alguns anos, fomos à Maceió – já contei algumas passagens engraçadas dessa nossa viagem aqui no blog – e depois de um Caldo de Sururu e Camarão, virei a rainha da Pajuçara !!! Da “cama pro trono” do “trono pra cama”.
Lá pelas tantas da madrugada, já desidratada, levantei pelo enésima vez a caminho do trono e caí desmaiada sobre as conchinhas que tínhamos pegado durante o dia. O barulho acordou a Vânia que, por alguns segundos, achou que eu tivesse morrido.
Não tínhamos mais água no frigobar e ela desceu para buscar na recepção.

- Oi, eu queria 02 garrafinha de água.
- Tem não !!!
-Vocês não tem água no hotel?
- Tem não!!!
- Você sabe onde eu posso comprar agora?
- Sei não !!!!

Diante do cenário que se desenhou, Vânia pegou o carro – é, felizmente alugamos um carro – e saiu pela avenida principal da cidade em busca de uma loja de conveniência. Pensou, no caminho, que talvez fosse melhor achar uma farmácia e comprar alguns medicamentos que me ajudassem a melhorar.
Parou num posto de gasolina, desceu para comprar a água e perguntou:

- Você sabe onde tem uma farmácia aqui perto?
- A senhora sabe onde é o Mc Donalds?
- Não!
- Pronto, do lado....
....


É fácil ser um bom ouvinte... difícil é escutar o que as pessoas tem a dizer !!!!!!!

* Depois que acabei o texto, pesquisei sobre os verbos. Eles tem sim significados diferentes e as definições, grosso modo, são bem próximas daquilo que imaginei.

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