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Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



terça-feira, 3 de setembro de 2013

20 anos com ela !!!


Nossa relação começou num susto.
Um exame de gravidez positivo nas mãos, poucos meses depois de casada.
Não era esperada.
Passado o impacto inicial, ter um bebê pareceu uma ótima ideia.

E depois que caí na malha fina de uma demissão em massa no jornal que trabalhava  foi fácil lidar com a barriga crescendo – muito – enquanto organizava o quarto dela.


Marcella foi o primeiro e único nome escolhido por mim. Se fosse um menino, o pai escolheria.
Quando fiz o ultrassom e vi que era ela fiquei bem feliz.
Lembro-me de sentar no chão do quartinho já decorado, abrir as gavetas com as roupinhas lavadas e guardadas, tirar um ou outro macacãozinho e abraçar, imaginando que era ela...
Depois de 40 semanas, como não parecia muito a fim de vir pra esse mundo, precisamos marcar uma cesariana o que, confesso, me deu um grande alívio. Tinha um medo danado do tal parto normal.
Chegamos à maternidade às 7h20. Antes disso, em casa, ainda passei uma camisa para o pai dela vestir, pode?  Minha mãe e meu pai já estavam lá, ansiosos com meu atraso – tinha que chegar às 7hs. Culpa da camisa, falei !  
Enfermeira foi me buscar na recepção. Pronto, chegou a hora! Choradeira geral – normal na família essa coisa do choro – e lá fui eu pra sala de parto.
Marcella nasceu no dia mais frio daquele ano de 1993 às 10h18 – linda. Rosadinha, gordinha, uma boneca.
Engraçado como se estabelece essa relação. Basta um olhar, um toque e pronto.


A cada mamada, fazia questão de me preparar para recebê-la. Levanta, escovava os dentes, penteava os cabelos e passava batom rsrsrs  É, passava batom!!! A pessoa, morrendo de dor da cirurgia, mas com o bocão perfeito. Rsrsrs Só eu mesmo.
Mamou fácil, não deu trabalho – não que eu me lembre.
Nos três dias que ficamos na maternidade perdi as contas das vezes que parei no vidro do berçário – inclusive de madrugada - para admirar a minha menina. Era mesmo a mais linda de lá.
Não sou dessas mães que fazem discurso sobre o amor incondicional. Não acredito nesse papo de “amo desde que era uma sementinha em meu ventre”. É preciso conhecer, se relacionar para admirar, amar e querer estar sempre perto.
O nosso primeiro ano foi de total interação. Vivi pra ela. Fazíamos tudo juntas. Acompanhei cada evolução: o primeiro dente, a primeira palavra, o dia que andou, a primeira arte. Desenvolvemos um amor lindo que só cresceu nesses 20 anos.
Tenho orgulho dela. Mesmo que às vezes a gente discuta, mesmo que tenhamos divergências de opinião, mesmo que ela ache que não fui assim, uma mãe exemplar – e não fui mesmo. Conheço-a como ninguém. Sei quem ela é e a amo muito.
Uma pimentinha !!!
Bravinha!!!


Uma menina linda, uma mulher forte, corajosa e verdadeira com ela mesma – e é isso que tem que ser.
Sofreu uma grande perda, lida com dificuldade com isso, e essa é a minha maior dor: Não há nada que eu possa fazer para que isso passe, além de acolher e pontuar quando a dor é dor ou quando a “dor” é só uma desculpa para mascarar o não cumprimento de certas obrigações ou enfrentamento de certas situações. Tudo isso faz parte do processo de amadurecimento.
Filha, 20 anos depois, o que posso dizer é que amo você incondicionalmente! E não porque as mães sempre amam seus filhos. Amo você porque é especial, engraçada, responsável, brava, nervosinha, divertida. Carinhosíssima, prestativa (quando tá afim) rsrs
Desejo que se respeite. Que siga o caminho que escolher- e podem ser muitos ao longo da vida -  que entenda que escolhas tem consequências, às vezes más, mas muitas vezes boas.
Que seja você sempre! Até porque, você é mesmo, uma delícia de pessoa.
E a gente se diverti, né???





Parabéns !!!!!!!!!!!

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