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Blog de histórias reais e de ficção.
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quanto vale um amigo?

Descartar pessoas pode ser considerado uma atitude de defesa do ser humano. Ficamos sempre tentados a isso quando somos contrariados.
O que difere pessoas equilibradas de outras, nem tanto, é a capacidade que têm de administrar as incompatibilidades.
Imagine um mundo onde todos fizessem a mesma coisa e pensassem da mesma maneira. Nossa, me deu uma preguiça monstro agora. Tudo bege, tudo pasteurizado.
A diversidade é produtiva, rica, cheia de contrastes mas dá trabalho. Somos capazes de passar anos ao lado de pessoas que concordam conosco em quase tudo, mas não suportamos muito tempo os “do contra”. Questão de afinidade, dirão. Sim, fato. Mas as afinidades não são garantia de 100% de concordância. Há de se ter carinho e compreensão nas relações que se estabeleceram, muitas vezes, por anos.
Até aqui nenhum segredo, não é?
A minha inspiração para essa reflexão está no fato de não me conformar com algumas ações que vejo em pessoas, teoricamente, de bem.
Acho que a proximidade dos meus cinquenta anos também tem peso nisso tudo.
Ao longo da minha vida tive amigos e “amigos” e o que os difere é justamente a capacidade que tivemos de lidar com nossas diferenças. Meus amigos, poucos, pouquíssimos – mal cabem na palma de uma mão – entendem minha forma de ser. Respeitam minhas opiniões, mesmo quando contrárias as suas e jamais questionam  minha fidelidade a eles.
Enquanto isso, na contra mão, temos os pseudos amigos. Os que gostam da quantidade e batizam qualquer ser que respire e acene com um sorriso de “meu amigo”. Esses são seres raivosos quando contrariados. Logo partem para a ignorância sem ao menos se darem ao trabalho de racionalizar a sua fatia de culpa em qualquer intercorrência na relação. Podem expressar a sua ira com xingamentos e agressões verbais graves, passando por acusações e criação de boatos ou entrar no terreno das indiretas. Há ainda os que saem de fininho e abandonam o barco sem maiores alardes e, diga-se de passagem, esses são os que tem o meu respeito.
Não consigo conceber uma relação de 10, 15, 20 anos que se abala porque uma das partes se fecha, fingindo não saber como é o outro e se mostra surpreendido e ofendido diante de uma atitude simples, sem novidades. Uma atitude super previsível, se enxergássemos a pessoa como ela é e não como gostaríamos que ela fosse.
Descartar um amigo é um ato covarde. Nos desobriga a reflexão.
Descartar pessoas, quando nos fazem mal é válido é recomendável. Mas é de bom tom que não façamos alarde disso. E essa carapuça muito me serve!
Conte os seus amigos, dentro dessas premissas – compreensão, afinidades, respeito e fidelidade – e avalie com quantos deles você poderá contar quando resolver ter uma opinião divergente do grupo.
Avalie quantos permanecerão ao seu lado quando você estiver chato, de TPM ou em depressão e pior: quantos deles continuarão sorrindo quando você estiver fazendo muito sucesso ou ganhando muito dinheiro.
Bons amigos custam caro !!!! E não estou, absolutamente, falando de dinheiro.

Quanto vale o seu amigo?  

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