Sobre o Conteúdo do Blog

Blog de histórias reais e de ficção.
Um lugar para expor opiniões que provoquem dor ou delícia!
Qualquer semelhança com histórias ou comportamentos reais poderá ter sido mera coincidência. Ou não!



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2013, o ano em que vivemos em perigo!



Relendo meu balanço de 2012, escrito há um ano, avalio que minha percepção das coisas mudou.
Ano passado eliminei 12 quilos, algumas crenças e uma tonelada de gente que não servia pra nada.

Esse ano eliminei outros tantos quilos - alguns dentro do planejado, outros nem tanto – perdi o chão e a fé nas relações amorosas.
Para ser honesta comigo mesma, preciso admitir que toda mudança já se anunciava um ano atrás. Pretensiosa, acreditei que o amor, as afinidades e a cumplicidade - características públicas e notórias do meu casamento - fossem suficientes para segurar a crise.  

Diante da realidade do hoje, avalio que é impossível seguir adiante numa relação, quando o parceiro tem necessidade incontrolável de viver novas emoções de tempos em tempos. Impossível construir qualquer coisa num terreno instalado sobre placa tectônica. Qualquer movimento provoca tsunami e destrói sem dó, tudo que estiver por perto. Características humanas são parecidas com as forças da natureza, quando tem que se manifestar não há o que as segure. Pode parecer ruim – e é quando somos a parte destruída – mas é natural, orgânico, vital!

Foi o ano da destruição, do caos, das reformas – internas e externas. O ano de testar meu equilíbrio, minha sanidade, minha paciência.
Um ano que me propôs a solidão, o choro compulsivo, a dor dilacerante no peito e na alma. Ano em que tive que engolir o orgulho e admitir humildemente que sou frágil e incapaz de controlar minha vida.
É!! Não temos controle de nada. Absolutamente nada.

Em 2013, vi um argumento meu, ser usado covardemente contra mim.
Vi passivamente a falta de respeito e o descaso demonstrados em fotos publicadas sem pudor algum. Vi o riso fácil no olhar vazio, a intimidade forçada num abraço sem encaixe.
Suportei os comentários, as insinuações.
Ouvi pacientemente os relatos da barbárie, como quem escuta a história de um desses filmes de zumbi, em que seres amados se transformam em monstros incontroláveis.
Defendi, honesta e sinceramente, o direito que a pessoa tem de ir e vir, de tomar decisões, de mudar de vida, mesmo sabendo que o direito de alguém deveria ir só até onde começa o direito do outro. A partir daí é egoísmo !

Descobri que somos importantes até que deixamos de ser e partir daí, o botão do “foda-se” fica aceso e acessível. Apertá-lo é uma questão de tempo, ou de bunda.

2013 foi o ano em que – contrariando o que disse ano passado – descobri que tenho muitos amigos. Importantes amigos. E um tanto de gente que se importa comigo. Foi o ano que me emocionei com as manifestações de carinho, com o apoio, os ombros, os lenços, as orações, as vibrações.

O ano em que me percebi forte. Incrivelmente forte. 
Sim, passei por outras coisas graves e sobrevivi – literalmente.
Não, as outras coisas pelas quais passei não foram piores do que essa e não estou sendo ingrata, injusta. Estou apenas admitindo claramente que minha capacidade de lidar com as agruras do coração sempre foi deficiente.

Acabo 2013 com a sensação de ter sido castigada, pisoteada , de ter tido minha alma dilacerada, exposta em carne viva, agora em fase de cicatrização e de ter tomado decisões necessárias:
O afastamento para ver o todo e manter a dignidade e o respeito por mim mesma.
O cuidado comigo.
O respeito em fazer só aquilo que quero.
E, parafraseando ironicamente meu ex-marido, me interessar apenas pelo que me interessa.

Encerro 2013 com um baita orgulho de mim mesma e algumas certezas – todas clichês:  O tempo é o senhor da razão, quando algo tem que acontecer – seja pro bem ou pro mal – o universo conspira, e existe uma lei implacável – que nos cobra responsabilidade pelos nossos atos de tempos em tempos – a lei do retorno.


Que 2014 seja justo !!!

2 comentários:

  1. E 2014 será justo, pois Xangô, o orixá da justiça, é quemvai reger o ano. Portanto, aguente as consequencias pois até aquilo que acontecer e que vc pode achar sacanagem, terá por trás a mão de Xangô. Sua compreensão pode não alcançar de imediato, mas vc verá, lá na frente, que a justiça foi feita. Isso é para vc, para mim, para cada um de nós. E, apesar desse tsunami que te devastou em 2013, ele se fez necessário para seu crescimento. Comemore, brinde, pois a vida te sorri. E conhecendo como te conheço, sairá de dentro dessa mulher um fênix que haverá de voltar alto, tão alto quanto jamais sonhou a liberdade humana. Te amo.

    ResponderExcluir
  2. 2013 foi o pior ano de minha vida! Bom encontrar seu blog, fiz um tb, como distração, e que venha 2014, sorte!

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...